CAPITULO VINTE E CINCO

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- Será que você não consegue ver? - perguntei, indignado

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- Será que você não consegue ver? - perguntei, indignado.

Amélia parecida ter levado um soco na cara. Cambaleeou para trás e seu olhar estava perdido em algum ponto do meu rosto. De repente sua cabeça começou a balançar de um lado para o outro freneticamente e ela fechou os olhos.

- Não. Você não pode falar isso. Não depois do que fez.

- Eu fiz exatamente por isso!

- Mandou meu irmão para cadeia porque me ama? Sabia o quanto isso iria me machucar e fez assim mesmo porque me ama? Não, Theo. Se me amasse não iria me trair assim.

- Te trair? - neguei com a cabeça. - Sim, eu sabia que iria doer em você ver seu irmão ser preso, mas iria doer uma vez e pronto. Se ele continuasse morando contigo iria doer para sempre. Você não iria conseguir progredir em nenhuma área da sua vida, ia ficar estagnada, sempre escondida na sombra dele.

- Só que não era escolha sua.

- Talvez não. Mas as vezes temos que tomar decisões difíceis em prol daqueles que amamos, principalmente quando estes estão cegos demais para enxergar a verdade.

- Eu não estou cega. Eu não sou idiota. Eu sei que ele me faz mal, eu não acho que ele me bate porque me ama. Não, em momento nenhum eu disse isso. Mas o que eu disse para você é que ele é minha família. Minha única família e era meu dever protege-lo.

- Seu irmão já é maior de idade, não é mais dever seu proteger ele.

- Ele está perdido! Você não o conheceu antes, você não sabe do caráter dele.

- Que caráter? - perguntei, bravo. - Um homem que se deixa levar pela cabeça dos outros não tem caráter.

- Chega - ela falou, com a voz mais alta. - Eu não vou ficar aqui ouvindo você falar mal dele. Eu vou descobrir um jeito de tira-lo de lá.

Mordi o lado inferior da bochecha, pensando no que fazer, no que falar. Em como uma palavra errada poderia acabar com tudo, se já não estivesse acabado. Então eu decidi. Se eu amava mesmo ela, minha prioridade tinha que ser sua segurança, sua felicidade e Amélia não era feliz com ele e muito menos estava segura.

- Você não vai fazer isso - declarei. - Não perca seu tempo. Gabriel vai ficar na cadeia quantos anos eu puder deixa-lo lá.

Ela estreitou os olhos em minha direção.

- O que?

- Vou fazer o possível para entrar nesse caso e se não conseguir vou usar todos os meios para impedir que ele saia de lá.

- Você vai me fazer odia-lo - ela disse, com a voz trêmula e hesitante.

- Então que seja. Prefiro não ficar com você, prefiro que você me odeie do que ve-la sofrer nas mãos daquele crápula sem fazer nada. Para mim também chega, Amélia. Eu não vou ficar parado vendo você destruir a sua vida.

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