Assim que abri os olhos a luz forte quase me cegou. Pisquei diversas vezes, tentando amenizar e olhei ao redor. Não tive problemas para identificar a sala hospitalar e aquilo me deixou nervosa. Theo estava sentado em uma poltrona perto da maca onde eu estava deitada. Ele dormia, mas eu precisava saber o que tinha acontecido.
- Theo! Theo!
O moreno abriu os olhos, assustado, e me encarou. Ele se levantou tão rápido que eu mal consegui captar os movimentos antes que chegasse ao meu lado.
- Você está bem? - questionou, preocupado.
- O que aconteceu? Por que me trouxeram para cá? Vão fazer perguntas, Theo.
- Sua cabeça estava sangrando. Dylan me ligou desesperado, busquei vocês com o carro e te trouxemos. Não tinha como não te trazer para cá.
Fechei os olhos, sentindo pontadas na cabeça e ele acariciou meu rosto.
- Se perguntarem, a gente não pode contar - falei baixinho.
- Amélia, não existe deixar esse cara continuar fazendo o que faz. Você podia... - ele se interrompeu. - Por Deus, se acontecesse algo contigo eu o matava. Juro, eu o matava.
- Não fala isso - pedi, segurando sua mão. - Me promete - olhei em seus olhos -, me promete que não vai contar nada.
Theo se inclinou e beijou minha testa.
- Descansa, eu vou chamar a enfermeira.
Ele saiu da sala e eu nem sequer consegui pensar em coisas ruins, minha cabeça doía muito. A porta foi aberta e uma moça com jaleco branco entrou seguida por Theo.
- Olá, Amélia. Como se sente? - perguntou, com um sorriso simpático.
- Como se tivessem acertado minha cabeça com um tijolo.
A mulher riu e Theo veio para perto de mim, segurando minha mão.
- É normal, você teve uma concussão. Nada muito grave, só precisa repousar e tomar todos os remédio que foram passados.
Assenti, sabendo que eu não teria muito tempo para repouso, mas não falei. Ainda mais com Theo ao meu lado. A enfermeira se aproximou e chegou os meus sinais vitais.
- Parece tudo em ordem, logo vou pedir para te darem alta.
- Perfeito.
Assim que a moça saiu, Theo puxou a poltrona mais para perto, até conseguir me dar a mão enquanto sentava.
- Você vai ficar lá em casa.
- Theo, não começa.
- Foi só uma concussão dessa vez, Amélia. E da próxima? Ele vai abrir o seu crânio? Quebrar suas pernas? E depois? Te matar?
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Preciosa Devoção
RomanceArt. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Amélia P...