CAPÍTULO 8

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Kit viu o homem gigante cair para trás de novo. Só que dessa vez, ele não acordaria tão cedo.
"Boa! Esse idiota disse que acabaria com meu pai." Disse Florest.
"Por que você fez isso padrinho?" John perguntou. Ele era uma criança doce, criada longe da violência. Ele olhou para Kit assustado.
"Porque ele é um imbecil que bate nas pessoas sem motivo, John." Kit respondeu dando um beijo no rosto do filhote. " Florest, leve John a casa de Valiant, por favor."
"Mas antes me ajude a levar esse brutamontes pra dentro, Florest."
Florest pegou nas pernas e Vingeance pegou-o debaixo dos braços. Eles o jogaram no sofá de qualquer jeito, e ele acabou batendo a cabeça com força no braço do sofá.
"Madrinha, eu estava na melhor parte!"
"Mas você pode assistir lá. É só levar o DVD." O coração dela cortou de dor, ao pensar no filhote de casa em casa. Sua mãe ligada a vários aparelhos, seus irmãos na incubadora e seu pai agarrado à cama dela.
"Você quer ir lá pra casa? Podemos jogar videogame."
O filhote abriu um sorriso enorme e Kit ficou feliz, ela e Vingeance não estavam no clima para cuidar de John.
Agora a pouco mesmo, ela estava chorando e Vingeance todo atrapalhado sem saber o que fazer.
Florest e John saíram no jipe.
"E agora, Vingeance, você vai me dizer porque socou o Robert. Competindo com Slade, por acaso?
Ele ficou sério.
"Eu sei, Kit."
Ela se sentou. Ela não tinha falado nada e ele tinha respeitado. Ela simplesmente disse que o bebê era dela e de ninguém mais e todos aceitaram. Por mais que estivessem curiosos.
"Por que o acertou? Ele não sabe."
Vingeance deu um suspiro de alívio. Ele devia ter pensado nas implicações. Robert Crane era poderoso e influente. Foi por isso que o doutor o escolheu. Se ele souber, iria querer assumir o filhote. E o mundo saberia.
Ele não aceitaria deixar seu filhote nas sombras, sendo criado longe do mundo, na bolha que a Reserva ou Homeland eram.
Gabriel Marshall era um demônio. Ela nunca conhecera uma pessoa tão diabólica.
"Eu me sinto como se tivesse levado uma marretada na cara."
Até Vingeance pareceu surpreso. Mesmo Novas Espécies não se recuperavam tão rápido de um golpe dado com tanta força.
Kit sentiu um certo orgulho. Indevido, ela sabia, mas sentiu. Fêmeas estavam sempre se gabando de seus machos. Se ele fosse dela...
"Fui informado de que existe uma sala de luta, ou treinamento, sei lá. Vou procurar o Slade Júnior e acertar uma luta com você. Estou cansado de ser atingido de surpresa."
"A hora que quiser, senhor congressista. Mas me diga uma coisa."
"Podem vir os dois juntos, eu acabo com os dois. É isso que quer saber?"Ele falou erguendo-se em toda sua altura impressionante. Kit se forçou a ficar impassível. Se exalasse excitação, Vingeance ficaria ainda mais furioso.
"Não preciso de ajuda para acabar com você, muito menos de Slade. O que quero saber é quem diabos é Slade Júnior?"
Kit começou a rir. E o humano também a acompanhou. Vingeance bufou e saiu dizendo que iria ao complexo.
"Eles têm uma linguagem estranha." Ele disse e logo reparou que falou besteira.
"Nós, você quer dizer." Ante o olhar de desculpas dele, ela completou:" Não se preocupe, nós também achamos muitas coisas que vocês dizem e falam bem estranhas."
Ele se sentou no sofá e fez sinal para ela se sentar. Quando se sentou, ele pegou nas mãos dela. Eram mãos quentes e enormes que envolveram as dela, lhe transmitindo segurança e a aflição que a acometeu o dia todo, deu espaço para sentir o carinho que ele fazia nas mãos dela e só.
"Porque vocês precisam encontrar o Gabriel com toda essa urgência? Eu gostaria muito de saber."
Ela diria, mas não o que ele queria saber, não podia contar e não queria mentir.
"Você viu John. Quantos anos você acha que ele tem?"
Ele ficou sério e pensou antes de falar:
"Eu vi os gêmeos rackers. Eles parecem ter mais ou menos dezoito anos, mas o gêmeo mau, eu até esqueci o nome dele..."
"James." Ela disse sorrindo. Era tão fácil falar com ele!
"Sim. James. Bom ele me disse que eles tem apenas dez anos. Então, só posso supor que ele deve ter uns..." A fisionomia pensativa dele era incrivelmente bonita. Ele sorriu e ela quase avançou na boca dele.
"Uns...dois anos? Ele tem o tamanho de uma criança entre três e quatro anos, e ele também fala perfeitamente, então ele não pode ter menos de dois.
Ela sorriu. A inveja que sentiu de Sophia quando deu aquele filhote impressionante para Brass, foi enorme. Mas Sophia, com o coração puro que tinha, a perdoou e ainda lhe deu o filhote como afilhado. Sophia...
As lágrimas vieram. Não era possível suportar pensar em John sem a mãe.
Ele a abraçou e acariciou os cabelos dela. Kit escondeu o rosto no pescoço forte dele. O cheiro cítrico estava lá. Ela ficou mais triste ainda por imaginar que tinha no ventre um filhote dele. Um filhote que nunca saberia o que é ser criado pelo pai e a mãe juntos. Mais lágrimas, dessa vez por ela, pelo filhote e por ele também, que seria pai e não saberia.
" Eu estou aqui, me diga, querida, me deixe ajudar. Eu não consigo ver você tão triste assim, isso me parte o coração."
Ela parou de chorar, mas não o largou. Ele deu um jeito, e sem perceber como, estava sentada no colo dele. Ele acariciou o rosto dela, fazendo o caminho das lágrimas com o dedo. E então ele estava delineando os lábios dela com o dedo. Ela abriu a boca um pouco e chupou o dedo dele. E ele a beijou. Deliciosamente. Provou os lábios, os mordiscou e adentrou a boca dela com a língua. Ela sugou a língua dele e logo suas línguas estavam se movimentando freneticamente. Ele tocou os seios super sensíveis dela, apertando os mamilos. Ela começou a tirar a camisa dele, ele ajudou, e quando pôs as mãos sobre o peitoral imenso e musculoso, ela se levantou do colo dele e tirou toda a roupa. Aí nua, ela meio que se lembrou da barriga enorme, mas ele a olhava admirado, então ela fez sinal para ele seguí-la. Se fizesse sexo com ele no sofá de Vingeance, este incendiaria toda a sala.
Chegou no quarto, ela se virou e o olhou tirar a calça e a cueca box. Ele era perfeito. Kit já tinha visto um número grande de machos nus, mas olhar para o corpo dele fez coisas com ela.
Ele se sentou na cama e ela ficou entre as pernas abertas dele. Como era alta teve que se abaixar um pouquinho só, e então estava com a boca colada na dele. Ele veio beijando a garganta dela e de repente estava sugando os seios dela. E algo estranho aconteceu. Ela sentiu que ele estava tomando leite nela. Ele estava mamando nela! Ele a olhou com malícia, desejo e necessidade e ela sentou sobre o falo grande e grosso dele. Como a barriga estava grande, ele deitou o tronco de costas na cama. Ela se ajeitou dobrando as pernas, uma de cada lado do quadril dele e foi empalada. Começou a se mexer, e ele também se movia levantando-a com as estocadas fortes dele. Eles se moviam rápido e forte, e ela depois de tanto tempo gozou gritando. Ela nunca tinha tido um orgasmo tão forte. Ele continuou os movimentos e por fim gozou grunhindo.
Ela desceu de cima dele e se sentou no colo dele de novo, abraçando-o com força. Ele a beijou com a língua entrando e saindo da boca dela. Ela o segurou pelo rosto e encostou a testa na dele.
"Precisamos conversar, Robert." Disse suavemente. Ele deixou-se cair na cama e ela se arrastou até a cabeceira. Ele então se deitou de frente para ela. Os olhos dele estavam esverdeados. Ela achou curioso. Sempre pensou que apenas Novas Espécies mudavam a cor de seus olhos na hora do sexo. Esse também era um traço humano, então.
"Fale-me do que a fez chorar." Ele a olhava intensamente e então ela se decidiu pela meia-verdade:
"Sophia. Ela é a mãe de John, o filhote que abriu a porta para você. Ela é esposa de Brass. E está entre a vida e a morte depois de dar à luz a dois filhotes ontem. O parto de John quase a matou, se não fosse o doutor Gabriel, ela teria morrido, então, novamente precisamos das drogas e do conhecimento dele."
Ela pensou nos filhotes que nasceram. Eles estavam bem. Fortes e grandes como John, um deles era negro e lindo como a mãe, com inclusive os preciosos cachos crespos dela. Ela ficaria tão feliz!
"Eu espero que os gêmeos consigam e o encontrem. Espero com todas as minhas forças."
Nesse momento o celular dela tocou.
"Olá, minha querida, sentiu saudade?"















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