Vingeance começou a correr. A propriedade de Robert era até bem grande, mas ele precisava de mais espaço. Chegou ao muro do Condomínio e o saltou sem dificuldade. As drogas do doutor fizeram isso com ele. Não sabia se agradecia ou amaldiçoava. A estrada estava deserta e ele libertou toda a vontade de correr. Correu como o vento, chegando rapidamente em outra cidade. Continuou, até que o cansaço tomou cada célula de seu corpo. Mas deu meia volta e ainda voltou correndo, porém um pouco mais devagar.
Tinha que falar com Kit. Ela percebeu, iria perguntar. O problema era não saber se ela contaria ou não. Ele ficava triste só de pensar em falar o que ele vira. Halfpint perderia seu filhote. Ele a vira o embalando morto nos braços, o cordão ainda dentro dela.
Ele parou. Podia inclusive sentir o cheiro do sangue, o cheiro da dor da pequena fêmea presente. Ela era meio cabeça oca, mas muito prestativa, bondosa e divertida. Fêmeas presentes sofreram tantos abusos e humilhações, mas ela estava sempre sorridente. Sua adaptação fora surpreendente. Muitas fêmeas presente, se tornaram celibatárias quando foram libertas, não Halfpint. Ela aproveitava a vida, com todos os prazeres que a vida oferecia. Mas agora, ela sofreria. E Vingeance sabia que não podia intervir. Não foi feito o tratamento necessário, o doutor devia estar apenas testando. Halfpint tinha um grande apetite sexual, se houvesse a possibilidade de engravidar, aconteceria, mas não aconteceu, até que ela fez sexo com um macho humano.
Talvez...
Vingeance pegou o celular. O doutor de merda deu-lhe um número, era uma chance.
"Vingeance, que prazer!" O filho da puta disse com sua voz suave, vingeance rosnou de ódio" Eu ainda não vi nenhum pronunciamento de nosso querido congressista na Tv, espero que você não me decepcione."
"Vai haver. Halfpint engravidou tambem de um humano, você vai ajudar."
"Que pena! Tem muito tempo que ela tomou umas coisinhas que eu misturei. Ela teria que tomar várias outras coisas. Kit só teve sua filhote por que eu aperfeiçoei o tratamento."
Vingeance sabia que ele falava a verdade, pois o tom de raiva estava no fundo da voz agradável. Ele odiava errar.
"O que você quer para fazer com que o filhote sobreviva?"
"Quero você. Aqui. Pelo tempo que eu precisar. Se submetendo as minhas experiências, sem contestar, obediência total. Faça isso e Halfpint e o bebê sobrevivem. Ou você não viu ela morrendo? É o que vai acontecer, pois não irei ajudar e as drogas que vocês têm não ajudarão."
Vingeance se lembrou de Sophia. O doutor não pôde usar mais drogas nela quando Kit enfiou as garras em sua garganta. As feridas tiveram que se curar sozinhas. Sophia falava baixinho desde então. Poucos humanos a entendiam.
"Você vai salvá-los? Não minta, vou saber. Se disser que vai, você me tem. Se não conseguir, você morre."
Ele ficou em silêncio. Com certeza avaliando as possibilidades. Vingeance não tinha medo dele fazer algo com as drogas e matá-lo. Gabriel Marshall não havia conseguido repetir os resultados que obtivera com Vingeance.
Se quisesse repetir o feito não poderia lhe dar nenhuma droga.
"Eu preciso rever minhas anotações. Assim, de cabeça, não saberia dizer exatamente se posso ou não. Eu te ligo."
O coração de Vingeance doeu. Se não pudesse salvar o filhote, tentaria salvar a fêmea. Harley ficaria insuportável se ela morresse. Talvez até se mudasse para a cabana de Vingeance.
Ele faria de tudo para que isso não acontesse.
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KIT
Fiksi PenggemarKit, a mais arrogante Nova Espécie, passou por maus momentos. E agora, tudo que ela quer é ter paz, longe de qualquer macho. Mas um acontecimento fantástico mudará a vida dela para sempre, e ela acabará descobrindo como é incrível amar e ser amada. ...