CAPÍTULO 18

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Kit viu a boca de Halfpint abrir de assombro diante da mansão que se descortinou diante delas.
Era gigantesca. Uma mansão no melhor sentido da palavra.
"Quantos humanos vivem aqui, senhor Crane?"
Kit chiou. Depois de uma viagem sacolejando dentro daquele helicóptero, e depois das duas horas de carro, com Ann sugando-a e mordendo seus seios a cada hora, Kit estava no limite de sua paciência.
"Pint, cale essa boca, ou vou te fazer ficar muda para sempre. Você não vai compartilhar sexo com os humanos daqui."
Robert limpou a garganta e falou deixando-a ainda mais puta:
"Bom, senhorita Halfpint, eu moro aqui na maior parte do ano, mas moro sozinho. Meus pais vivem numa fazenda, e quando quero relaxar vou ficar um pouco com eles. Além de mim,  aqui também moram os meus funcionários."
"Quantos funcionários? " Kit deu de ombros. Halfpint era uma boa amiga, mas tinha um apetite sexual enorme. Desde que não fizesse mais caras e bocas para Robert, e não a deixasse sozinha com ele,  iria fingir que não via o que, ou com quem, a amiga passaria o tempo.
"Eu não saberia dizer. Não sou eu quem os contrata, tenho um administrador para isso."
"Um administrador? Casado?"
"Sim," Halfpint torceu o nariz. "Eles vivem numa casa no limite da propriedade e tem dois filhos. São boas pessoas."
Um alarme tocou na cabeça de Kit. Eles iriam saber sobre sua filhote.
Robert pareceu adivinhar a preocupação dela.
"Vocês ficarão numa ala da casa com poucos funcionários, só os de confiança. Não pretendo revelar ao mundo ainda a existência de minha filha."
Ela abriu a boca para falar, mas ele a interrompeu erguendo a mão.
"Kit, descanse. Teremos tempo para
Conversar sobre tudo depois. Vou te mostrar onde vão ficar."
Eles entraram na casa enorme, e Kit não conseguiu ficar indiferente a tanta opulência. Era uma casa de sonhos, com tudo o que o dinheiro podia comprar.
"É maior que a casa de Valiant, e mais chique que a casa de Justice." Disse Halfpint. A casa de Valiant, era a maior casa da Reserva, afinal, ele tinha dez filhotes. Já a de Justice, era mais moderna, com decoração minimalista, que tanto estava na moda. Como ele e Jessie precisavam ficar em Homeland, a casa deles na Reserva era para descanso. E como Novas Espécies partilhavam tudo, muitos amigos de Homeland passavam um tempo descansando na casa deles. Kit já tinha ficado lá.
Estavam no saguão e elas estavam maravilhadas. Havia duas escadas curvas que se encontravam no primeiro piso, cada uma levando a uma ala da casa. Ele fez sinal para elas subirem a escada da esquerda. Subiram e deram numa sala íntima encantadora, com belos sofás de veludo cinza escuro, que pareciam jóias na decoração neutra. Paredes creme, decoradas com lindos quadros, alguns de cavalos magníficos, correndo ou pastando em paisagens formosas.
Mesinhas e aparadores em madeira clara, vasos de cristal com flores naturais, que pareciam ter sido colhidas naquela mesma hora. O cheiro era outra coisa incrível.
"Toda essa ala será separada para vocês. Ali fica a sala de tv. Seus quartos ficam nesse corredor." Ele disse.
"Quero ir para o quarto. Preciso de um banho."
A filhote dormia, e o peso já estava cansando Kit.
"Quer ajuda?" Ele disse  enquanto corria os olhos pelo corpo dela. Ela começou a esquentar. Mas não respondeu.
Entrou na primeira porta do corredor e se deparou com um quarto imenso, lindamente decorado tons de verde, creme e branco. A enorme cama, de ferro forjado em graciosos arabescos, chamou a atenção dela, com suas colchas de cetim verde. Parecia muito macia.
"Nossa, que quarto bonito, Kit!" Halfpint estava impressionada com tanto luxo. Kit também, mas mastigaria seus sapatos antes de admitir.
"O seu é nessa porta."Robert disse e Halfpint saiu correndo em direção ao quarto. Kit a ouviu arfar. Ela sorriu.
"Pelo menos alguém está gostando dessa gaiola dourada."
"Não veja como uma gaiola. Eu apenas quero que cheguemos a um acordo, Kit. Ou você queria que eu largasse tudo pelo que trabalhei tanto para conseguir, todas as pessoas que dependem de mim, para ir brincar de casinha com você na Reserva?"
"É isso que pensa que nós fazemos? Deixa eu te dizer uma coisa senhor Congressista importante, nossa força tarefa, entra em muitos lugares que seus soldados fracotes se mijariam só de ouvir falar o nome. Fazemos resgates, considerados impossíveis pelo seu pessoal. Somos grandes rastreadores,Vingeance por exemplo acabou sozinho com um cartel de drogas da região. Nós recebemos ajuda do governo sim, mas o grosso de nossos rendimentos vêm do trabalho que fazemos."
Ela estava possessa! Como um homem tão bonito poderia ser tão idiota?
Ann acordou e começou a chorar alto. Kit suspirou desanimada. Não havia se passado nem meia hora da última mamada. Kit ofereceu o peito a ela. Como estava chorando, ela cravou os dentes, com presas e tudo no mamilo dela. Toda frustração, raiva e cansaço caíram sobre ela, e as lágrimas vieram. Olhou em volta procurando uma cadeira, mas Robert se sentou na cama, a puxou e a acomodou no colo.
Ela, sem ação, acabou deixando e ainda apoiou a cabeça em seu ombro.
Os barulhos da sucção de Ann se misturaram aos soluços de Kit, até que ela respirou fundo e parou o choro. Ele secou as lágrimas dela e sem pressa tomou seus lábios.
Não era sobre desejo. Foi um beijo cheio de saudade, e de gratidão por eles estarem juntos.
Kit sentiu que talvez as coisas poderiam chegar a um concenso. Ela se esforçaria para isso.




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