CAPÍTULO 12

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Kit acordou com uma dorzinha gostosa no meio das pernas. E sorriu lembrando das fortes estocadas do macho dentro dela. Ele era muito forte, e por mais que tenha sido cuidadoso com ela, por causa da barriga grande, ele socou com força. Uma delícia!
E tinha sido muito bom dormir com ele também. Quando se esparramou em cima daquele peito enorme sentiu as batidas fortes do coração dele.
Mas acordou sozinha. Uma pena, adoraria repetir a dose antes de levantar da cama.
Agora já era tarde, devia ser umas onze da manhã. Ela se espreguiçou, se levantou, e enquanto fazia sua higiene pessoal, se perguntou onde Robert teria ido. Não sentia a presença dele na cabana.
Mas talvez seja melhor assim. Ele queria respostas, e eles acabaram fazendo sexo. Compartilhar sexo com Novas Espécies era sempre muito bom. Os machos eram vigorosos e dominantes. E sempre havia luta pelo controle, muitos arranhões, mordidas, lambidas...
Mas com Robert Crane, tinha sido muito diferente. Ele fora vigoroso, mas cada vez que a beijou, ele tocou o coração dela. Quando ela gozou foi como se o mundo tivesse parado naqueles momentos e o coração dela batia tão forte, que pareceu que ia explodir. E quando ela o sentiu gozando, a sensação de poder que ela sentiu foi imensurável. Ela tinha feito ele se dissolver de prazer. Tinha sido a melhor experiência da vida dela, pois naquele momento, eles se pertenceram.
Mas agora enquanto saía rumo ao hospital para ver Sophia e os filhotes, ela voltou a pensar nas circunstâncias em que a confusa relação deles estava.
Mas não era nada muito difícil de resolver. Ele iria querer mais, ela tinha certeza. E ela daria. Ela o faria uivar como se fosse um canino. Essa era ela. Sabia o que queria, e ela o queria e ponto final.
Quanto ao filhote, mesmo os fortes sentimentos que sentia estarem brotando no coração dela por Robert, não se comparavam ao que sentia pelo filhote que viria. E por isso ela não contaria para Robert que o filhote era dele.
Talvez se a relação deles se fortalecesse, se tivesse certeza de que ele não iria querer tirar o filhote da Reserva, aí ela poderia pensar em contar. Mas se continuassem apenas compartilhando sexo, ela não contaria.
Trocou-se colocando um vestido solto bem bonito, penteou o cabelo, fez uma trança, calçou sandálias baixas e saiu feliz como só uma fêmea bem servida na cama poderia estar.
Chegando no Complexo, se dirigiu ao hospital.
No quarto onde Sophia estava, se ouvia um choro forte. Ela entrou e viu um Brass sorridente e todo molhado. Segurando Brave, que nu, estremecia e chorava alto.
"O que está acontecendo? Brass por que ele está chorando tanto?"
"Eu acho que ele não gosta de banho."
Ela riu e pegou uma toalha.
"Vem com a tia Kit, Brave, aposto que seu pai te jogou na água e não te ensinou como pode ser gostoso tomar banho."
Kit o enrolou na toalha e ele sorriu, ela começou a secá-lo admirando a beleza da pele negra.
Ele era muito pesado. Vendo a careta de esforço dela Sophia riu.
"Obrigada, kit. Na verdade ele estava chorando por que não queria sair da banheira."
"Onde está Gift?" Os filhotes seriam a sensação da Reserva. Com certeza alguém veio e pegou Gift, para ajudar Sophia que ainda estava fraca.
"Com Jericho e Elizabeth. Eles já estão assumindo como padrinhos."
"E quem serão os padrinhos de Brave?
Ela já era madrinha de John. Mas mesmo assim, pensou que eles poderiam dar Brave para Robert apadrinhar. Assim ela seria madrinha de novo.
"Justice e Jessie. Brass me pediu e eu concordei. Eles ficaram tão felizes, kit!"
Ela sorriu. Sim, justice e Jessie seriam ótimos padrinhos.
"E como você está?"
Por um momento um olhar de preocupação muito rápido passou pela face de Sophia, mas ela deu um de seus sorrisos radiantes e Kit, relaxou,talvez fosse impressão.
"Ainda fraca. Trisha analisou alguns resultados de exames e disse que eu perdi sangue demais, e que é melhor não amamentar os filhotes."
"Mas você pode dar leite a eles na mamadeira, bem aconchegadinhos no seu colo. Nós não podemos perder você, Sophia. Pense que qualquer coisa ruim não se compara a isso."
" Obrigada, Kit. Eu vou ficar boa. Estou louca pra voltar para casa."
"Não vai demorar, querida. Mas todos nós podemos ficar aqui o dia todo com você. Vamos falar tanto, rir tanto, fazer barulho, que Trisha vai nos expulsar daqui. E assim que ela virar as costas, nós voltamos!"
Ela riu e Kit sentiu que era o som mais maravilhoso que ela ouviu em muito tempo. Ela gostava de Breeze, da mau humorada da Midnight, de Tiny, de Bela e até da Vadia da Halfpint, que dormiu com todos da Reserva, só poupando os casados e, claro, Vingeance. Mas o que ela sentia por Sophia, era algo inexplicável. Como se fossem irmãs. Ela sentiu isso no primeiro dia quando foi levada para o quarto no Hospital, e sua primeira visita foi Sophia. Ela chegou, fez uma oração, deu um beijo na mão de Kit e se foi. Dali por diante, Sophia foi a luz que dissipava as trevas que ela vivia, e o alívio em meio a todas as dores que o doutor causava.
Elas ainda riam, quando chegou a mamadeira de Brave, que ainda estava pelado, enrolado na toalha. Destiny veio e assumiu a tarefa de alimentar Brave, sentado numa cadeira, ao lado de Kit.
Todos riam e brincavam com Destiny, fazendo piadas, quando Justice chegou.
"O padrinho chegou! Podem largar o meu afilhado, eu alimento ele, afinal é meu papel."
"Não sabia que você tinha leite nesses peitorais, Justice. Isso é inédito, devemos chamar o Animal Planet."
Slade disse chegando também.
Todos riram e o dia foi passado em meio a certa preocupação com Sophia e muito alegria pelos filhotes.
No fim do dia, já deitada, depois de um banho, o celular tocou.
Era Robert.
"Oi!" Seria a cereja do bolo, se conseguisse convencê-lo a vir passar a noite com ela.
"Oi, kit, tudo bem?" O tom era polido, educado e até meio frio. Estranho.
"Você saiu antes que eu acordasse."
"Apareceram alguns problemas. Eu tive que ir, mas espero te ver de novo.
"Eu também. Estou querendo repetir o sexo, foi muito bom." Kit achou que talvez falou de uma forma que ele acharia vulgar. Será?
"Eu também gostei. Mais do que deveria. Vou ver se consigo um tempo na minha agenda pra você."
Um alarme disparou na cabeça dela. Um tempo? Ela não gostou do jeito que ele falou.
"Eu ouvi falar que sexo durante a gravidez pode ser perigoso, você não se preocupa? Aliás de quantos meses você está?"
O tom dele estava a deixando mais furiosa do que as palavras.
"Eu não sei, devo fazer uma ultrassom em breve."
Ele pareceu sem palavras por um momento, mas depois falou:
"Bom, eu te aviso quando puder dar uma passada aí. Espero que o pai não se importe por nós termos dormindo juntos."
"Meu filhote não tem pai!"
Contar para ele? Nunca! Ela se enfureceu. Ela a estava tratando como uma qualquer. Como se o que fizeram não significou nada. Que Droga! Quando deixaria de ser idiota?
"Você não sabe mesmo quem é o pai?"
"Isso não é da sua conta! Mas gostaria de lembrá-lo de que eu fiquei grávida devido a uma experiência do seu amiguinho, o doutor. Não há como saber quem é o pai. Apenas ele sabe." Ela se magoou. Ele falava como se ela fosse uma vadia, que saía compartilhando sexo com vários machos, e não sabia quem era o pai do filhote. Não pensou que ele fosse tão babaca.
Ele ficou em silêncio de novo. Quando ela ia desligar, falou:
"Me desculpe, Kit. Eu não deveria falar dessa forma com você. Bom, se precisar de mim, me ligue. Tchau!"
Ela desligou e toda a alegria do dia se foi. Ainda bem que ele não sabia de nada.




















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