Capítulo |9|

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De volta a casa, Keira tivera jantado sozinha, pois Lady Elizabeth fora convidada para um jantar em casa de alguma família nobre da cidade e Edward, voltaria tarde de seu compromisso

Tomou seu banho e já vestia a camisola, quando sentou-se na poltrona para ler algum livro que tivera achado na biblioteca.

Edward, ciente do que se passara na praça, correu para quarto ver em que estado se encontrava Keira.

Viu-a sentada sobre a poltrona, mas antes que pudesse falar alguma coisa apercebeu-se que a mulher dormia tranquila com o livro sobre o colo.

Aproximou-se devagar para não a acordar e ajoelhou-se ao seu lado. Seu rosto tão sereno e meigo que apetecia tocar-lhe.

Ela era realmente bela.

Tão leve quanto pluma, tocou seu rosto e arrumou seu cabelo. A menina coçou o nariz com uma careta de quem era embalada por Morfeu.

Edward sorriu de sua careta resmungona, levou-a no colo até a cama arrumando-a devagar.

— Como pode ser tão bela e imprudente com a mesma proporção? — perguntou para si mesmo

Cobriu seu corpo e levantou-se em direção a porta, afinal, já era tarde.
Antes que pudesse dar mais de um passo, e impedido pela mão da Duquesa em volta da sua.

— Edward? — chama a mulher

Sua mão segurava a de Edward e a puxava na sua direção. Surpreso, leva o olhar à mão que o segura depois para a esposa que o olhava cautelosa

— Pode ficar um minuto? — sem a responder sentou-se em um canto da cama, Keira ajustou-se para dar-lhe mais espaço

Alojado na mesma cama que sua esposa, pela primeira vez, olhou intensamente para seu rosto catado, embora suas bochechas estivessem ruborizadas seus olhos não deixavam os dele.

— Por que se arriscou desse jeito? — sua voz era terna, outra vez, carregava preocupação quando ela esperou repreensão

— Sabia do que acontece na cidade? — conferiu

— Sim —, a menina se assustou e, como se quisesse proteger-se da confissão do Duque afastou-se

— Você p-permite? — seu interior temeu pela resposta, que tipo de homem seria Edward se compactuasse com tal atitude do Barão?

— Os nobres precisam cobrar suas dívidas, e cobrar impostos — justifica

Levanta da cama e coloca-se de pé. Edward sentiu-a afastar-se, e lamentou profundamente. Já Keira andava de um lado para o outro, incrédula.

— Edward, por deus, aquilo não era simplesmente cobrar impostos ou uma simples dívida. Foi humilhação, é desumano. Era um idoso, Edward, um idoso!

— Tudo bem, se acalme. Prometo que amanhã mandarei averiguar o que aconteceu! — aproximou-se do devagar e segurou as pequenas mãos da mulher entre as suas 

— Promete que resolve?

— Se prometer que não vai mais se envolver em situações como esta, eu prometo.

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