Capítulo |6|

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Passaram-se dias que ela não conseguiu sequer dormir. A falta de sono, tornava-se cada vez mais comum desde que tivera se mudado para Intropeda.
Todos acontecimentos a deixavam mais ressentida com sua vida, frustrada.

Primeiro, seu pai havia sido caluniado.
Segundo, seu casamento com o duque era uma grade fraude, em todos os sentidos. Terceiro e não menos importante, o duque guardava um segredo relacionado a morte de seu pai, do qual, ela só sabia partes lacunadas da história.

Embora sua raiva pelo marido, sempre fantasiou a primeira noite de casada, a ansiedade, nervosismo e vergonha que sentiria no momento da consumação do casamento. Em como seu coração estaria trêmulo ao toque de seu amante. Os botões difíceis de abrir na parte traseira do vestido de noiva, obrigá-lo-ia a ir devagar, sem pressa, mas, como tudo, nada tivera sido como imaginou.

Seu casamento não tivera sido consumado, Edward não entrou em seu quarto e, em duas semanas de casados, ele sequer a tocou ou dormiu perto de si. Ocupavam quartos separados, em parte era até bom, assim não precisaria o encarar com a raiva que se abrigava dentro de dela, um sentimento tão desconhecido para si, que duvidava estar a senti-lo.

Parece que Edward era perito em fazê-la ter sentimentos contraditórios e confusos.

Mesmo que odiasse a ideia, precisava descer e se sentar a mesa, junto de Edward, lady Elizabeth e Louise, como todos os dias anteriores.

Dessa vez seria diferente, mais difícil, pois lady Dayane tivera voltado para casa, depois de Keira a tentar convencer a ficar mais algum tempo.

Dayane, cedeu ao pedido da filha, por exatas duas semanas, então decidiu partir, sua filha precisava ser uma mulher por si mesma, isso não aconteceria se continuasse amparando suas quedas, precisava partir.

— Bom dia — cumprimentou, Keira, dirigindo-se as pessoas sentadas à mesa.

— Bom dia — Responderam quase em uníssono

Decida em não dar atenção as mulheres que a acompanhavam, sinalizou para que fosse servida, e a criada assim o fez.

— O que vai fazer hoje?
— Indagou Elizabeth sem olhar para ela

A mulher olhou para sima a fim de ter a certeza de que a pergunta lhe foi dirigida

— Irei a casa de minha tia, na cidade vizinha — respondeu assim que confirmou que Elizabeth tivera se dirigido a ela

— Irá comigo a cidade fazer compras. E, logo uma costureira virá tirar-lhe medidas. — Elizabeth ordenou, enquanto suavemente levava a xícara à boca

O tom da mulher não deixava lugar para recusa, era uma ordem e não um pedido, pergunta ou sugestão.

— Algum motivo especial? — Elizabeth se dignou a olhar para a garota que ousou em questioná-la

— É uma duquesa, não irá acompanhar o duque em reuniões diplomáticas com as vestes que usa

— O duque pediu-lhe isso? — A moça perguntou cauta, esperou por minutos a resposta que não foi dada por Elizabeth

No final da refeição, enquanto se levantava, respondeu ao pedido de Elizabeth para fazer compras

— Irei acompanhar o duque trajando algum dos vestidos que tenho. Diga-o para que não se preocupe, não pretendo envergonhá-lo.

Caminhou com elegância em direção a seu quarto, aborrecida, outra vez. De frente ao espelho alto, observou-se detalhadamente, a fim de encontrar algum erro em sua aparência.

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