Eram dias frustrante para Darwin, seis pensamentos tinham sempre o mesmo fim, Keira. Não parou de pensar um minuto sequer na beleza da mulher do seu inimigo, o odiava ainda mais por isso, Edward não merecia uma mulher como Keira, assim como um dia não mereceu herdar as terras que seriam dele, a extensão que Intropeda teve devia pertencer a sua família se o Rei não quisesse outra vez agradar seu sobrinho.
No segundo copo de vinho imerso aos seus nebulosos pensamentos quando o ranger a porta o acordou.
— Senhor, encontramos o homem! — seus lábios esticaram-se num sorriso satisfeito quando com a mão ordenou que entrasse.
Ethan adentrou com a sua habitual expressão com estranhos, principalmente os de carácter duvidoso como Darwin porque apesar de seus olhos negros e rosto bonito seu mal feitio percebia-se a quilômetros de distância.
— Seja bem-vindo, é um prazer recebê-lo em minha casa —. Cumprimentou estendendo a mão para Ethan. O olhar correu do rosto de Thomas às mãos, voltando outra vez ao rosto e então a apertou hostil.
— Porquê deseja ver-me?
— Justamente como imaginei que fosse! Senta-te. — Convidou — Serei direto.
— Agradeço! — Sentou-se e encarou o homem A sua frente
— Sei que odeia o duque de Intropeda! Então tenho uma proposta a lhe fazer.
— Não posso odiar um homem que sequer conheço... — Darwin sorriu
satírico e continuou— Conheço seus motivos, porém, eles poucos importam para mim desde que me ajude a conseguir o que quero.
— Lamento barão, receio não lhe poder ajudar —. Disse Ethan — Se é tudo que deseja de mim, creio termos encerrado o assunto. — Levantou-se
— Pense em minha proposta, se mudar de ideia o estarei aguardando. — Num último olhar Ethan caminhou para fora das quatro paredes que cheiravam a nicotina.
A noite escura e húmida podia significar que logo cairia uma tempestade e que precisava encontrar um lugar para abrigar-se.
Talvez a espelunca da cidade ajudasse mesmo que para isso tivesse que ouvir gritinhos de mulheres e urros de bêbados.Alisou o cavalo como se o consolasse, antes mesmo que terminasse de montar no animal, o som de cavalgadas velozes chamou sua atenção para de onde vinha o som. Se virou pode ver o homem se aproximar deixando seu corpo em alerta.
— Meu senhor, trago um recado da Duquesa de Intropeda. —
Sua expressão saiu de surpresa a felicidade quando olhou para o papel tão bem embrulhado da amiga, sorriu. Parece que Keira não tivera perdido a mania de perfeição com embrulhos. Antes mesmo que o homem saísse do seu campo de visão pôs-se a lê-la na esperança de finalmente ter notícias de sua amada amiga que há tempos não via.
O sorriso esperançoso sumiu a cada trecho que lia. Sentia a angústia de Keira ecoar em seu peito ao sentir o papel moldado por lágrimas. A fúria emergia com velocidade.
Tomou seu cavalo e seguiu para Intropeda atendendo ao socorro da amiga naquela mesma noite, foi o que fez. Afinal, Intropeda não encontrava-se assim tão distante das terras do Darwin
***
— Estás linda. É quase impossível deixá-la aqui. — Edward assistia a esposa que se arrumava pelo reflexo do espelho. Keira sorriu e levantou-se após finalizar os retoques em seu cabelo.
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A Duquesa
Historical FictionApós a misteriosa morte de General Ralf. Keira e sua mãe veem-se obrigadas a sobreviver por conta própria. Com suas dificuldades financeiras cada vez pior, lady Dayane, sua mãe, preocupada com a segurança da filha, anuncia seu casamento com Duque de...