Casa do General Ralf 2 meses após a guerra
Keira sentava na enorme estufa e apreciava as lindas flores que ela mesma plantou, gostava de preencher seu dia olhando para elas e se não, ajudar as domésticas e lady Dayane na cozinha da casa.
Ela e sua mãe, estavam quase sem dinheiro para pagar as dívidas, muito menos manter a enorme casa, assim que seu pai, Ralf, tivera morrido 5 meses depois do início da guerra, encontrado morto na sua tenda, tudo indica para um traidor que nunca foi encontrado entre seus homens.
A garota de longos cabelos castanhos-claros, lábios rosados e olhos âmbar, tinha seu doce sorriso consumido pela tristeza, agora ninguém mais a via sorrir ou empunhar uma espada como adorava fazer com o pai.
Ethan, um dos seguranças da casa, aproximou-se da amiga cauteloso, porém, cheio de esperança de que hoje ela iria rir de suas piadas.
— Senhorita Philips, permite-me aproximar-me de vossa grassa?
Uma nova flor surge diante dos olhos distante da moça, que logo ganham vida ao som da voz do amigo.
— Ethan! — esboça seu sorriso gentil que o jovem conhecia
— Eu, senhorita. Pensei que talvez quisesse andar pelo bosque?!
A garota maneia levemente a cabeça em negação.
— Hum... — Ethan leva sua mão ao queixo pensativo, pronto a fazer outra tentativa — praticar esgrima? — Nega outra vez — ah certo, está com medo de perder para mim, não é mesmo?
Sua expressão confiante tanto quanto zombeteira, faz a garota sorrir um pouco mais e responder logo em seguida
— Bateste a cabeça nos estábulos, Ethan? Sempre sou eu quem ganha de você.
A expressão facial do homem muda drasticamente outra vez, para uma expressão ofendida agora.
— Isso porque eu deixo!
— Seu discurso de cavalheirismo não vai funcionar — revida Keira um pouco mais relaxada
Lady Dayane, apreciava os jovens pela janela da sala, preocupada pelos rumores de que sua única filha estaria apaixonada pelo subordinado, cujo a mesma considerava um amigo, o que já era escandaloso para os nobres.
Ao refazer seus pensamentos, achou melhor pôr em prática os conselhos de sua amiga Marquesa, definitivamente casar Keira era a melhor solução para todos seus problemas.
Ethan, então precisou se afastar para cumprir alguns de seus afazeres da casa, quando a mulher aproxima-se da filha que voltou a isolar-se na estufa, imersa em pensamentos.
— Querida — sua mãe, lady Dayane a chama mais uma vez, o que a faz dar um pulo com o toque frio em seu ombro
— Mãe? — vira-se para a mulher elegante e bem vestida que olha diretamente para os lindos olhos da filha, acaricia seus sedosos e dourados fios de cabelos
— Querida, faz cinco meses desde que seu pai se foi, talvez devêssemos arranjá-la um marido — o coração da menina acelerou enquanto ouvia atentamente a mãe, sem a contrariar, Keira, a ouve atentamente, sabia que tão logo o luto do pai passasse, o assunto casamento iria surgir, pois ouviu a conversa de sua mãe e a amiga faz algumas noites, quando a mesma sugeriu que era melhor que Keira se casasse após o luto do pai, antes que o homem aparentemente bom partido mudasse de ideias e, decidisse não se casar com a garota, elas não saberiam o que fazer com as dívidas e a casa se tal coisa acontecesse — pensei e, talvez eu tenha lhe arranjado um bom partido — diz lady Dayane com um sorriso contido, a garota olha para mãe sem quaisquer emoção — O duque de Intropeda, vem amanhã pedir sua mão para mim, em um jantar que eu mesma irei ajeitar — diz a mulher
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A Duquesa
Ficción históricaApós a misteriosa morte de General Ralf. Keira e sua mãe veem-se obrigadas a sobreviver por conta própria. Com suas dificuldades financeiras cada vez pior, lady Dayane, sua mãe, preocupada com a segurança da filha, anuncia seu casamento com Duque de...