Prólogo

4.5K 400 122
                                    


Casa do General Ralf 2 semanas antes da Guerra dos séculos

— O Senhor está lento demais, meu pai — Keira ergue sua espada ao nível dos ombros e assim suporta o golpe da lâmina do pai fazendo-a desabar no chão, Ralf por sua vez, procura a instabilidade dos membros inferiores que a filha sempre apresentava em sua lutas anteriores e, chuta seu pé, um chute leve e preciso que a faz perder o equilíbrio, com a agilidade de um guerreiro de séculos tira a espada das mãos da filha e logo o objeto afiado está no pescoço de Keira

— Não se canta vitória até se ter a certeza de que seu inimigo está morto, querida — ensina o homem, estende a mão para que a garota insatisfeita se segurasse, Keira segura a mão do pai e se levanta — você está cada vez melhor — elogia o velho homem, não tão velho, pois suas habilidades e agilidade em guerra ainda eram precisas como as de um jovem soldado, cobre os ombros da filha com seu grande braço e a puxa para mais perto

— Não tão boa para vencer o senhor — reclama a jovem moça de mais uma luta perdida contra seu pai, era a última luta antes que Ralf precisasse voltar para guerra

— Porque eu sou invencível, meu amor — diz o homem num tom sério que a filha conhecia bem —você venceria qualquer bom espadachim do país, você é até melhor que alguns dos meus homens. Mas não precisa se preocupar com isso, logo casarás e...

— E não prensarás usar uma espada — continua a lição do pai, pois o ouvia repetir para ela todas as vezes após uma de suas lutas — sei, o senhor diz a mesma coisa após cada luta — explica, isso não a deixava chateada ou ao menos incomodava, sabia que, todas as moças um dia se casavam, formavam suas próprias famílias, era óbvio que isso logo aconteceria com ela.

Para isso, pouco importa sua ágil habilidade com a espada, ou quão inteligente fosse para traçar estratégias de guerra como muitas vezes praticou no pequeno caça tesouros repletos de obstáculos e enigmas, que o pai tivera inventado para ajudá-la a desenvolver seu raciocínio e a capacidade de pensar como seu inimigo, desse jeito sempre estaria um passo afrente deles.

O que a deixava triste na ideia de um possível matrimônio, é pensar que, seu futuro marido pudesse a proibir de usar uma espada, afinal, damas não precisavam de uma.

Era só questão de tempo até não poder mais usar o objeto que tanto a encantava.

A Duquesa Onde histórias criam vida. Descubra agora