Epílogo

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Tivera se passado muitas noites desde o ocorrido. Keira tinha o livro sobre o colo e dormia tranquilamente na poltrona do quarto de Edward.

Fazia dias que a mulher não tinha uma noite de sono, era consumida pela tristeza, preocupação e culpa.

Entendia o que seu pai dizia sobre nunca ser o mesmo depois de uma batalha. Sentia-se mal por tudo aquilo e por mais que agora soubesse a verdade sobre a morte do pai, como contaria a prima que ela tivera matado seu tio Julian porque esse tenteva mala-la?

O mundo não era preto e branco, certo ou errado, havia meio termo entre todas coisas.

Por essa não odiava o amigo por ter matado seu pai, pois fora friamente manipulado.
Era o certo contar a verdade a Camile mas valia a pena? Ainda mais no estado que a prima se encontrava.

Questionava-se sobre isso.

Camile... espera um filho, ampare-os.

Foram as últimas palavras de Ethan. Prometeu ao amigo que morria nos seus braços que cuidaria de Camile e seu filho.

Edward que aos pocos despertava observava a mulher dormir tranquila. Quando tentou se sentar sobre a cama pode sentir a dor dos ferimentos enfachados no seu peito emergir forte o fazendo gemer.

O pequeno gemido do homem sobre a cama foi suficiente para acorda-la.

— Edward? — Apressou-se em ajuda-lo a sentar.

— Não devia levantar-se.— Repreendeu

— Estou bem — disse o homem sentado

— Não, não está.

— O que aconteceu?

— Foi atacado na feira... — explicou

— Disso me lembro. O que aconteceu com você? — olhou para a mão enfachada da mulher asseguir para o rosto.

— Descansa, Vicente há de contar-lhe tudo. — Desejou terna. — Hei de chamar Elizabeth, estão todos aflitos por vê-lo acordado —  Segurou a mão do homem e a apertou levemente — É bom ter-lhe de volta Duque. — Sorriu afetuosa antes de se levantar e seguir até a porta.

— Keira? — chamou o homem. Virou-se levemente e o olhou. — Pelo que aconteceu antes, desculpai-me, sinto muito. — Em aceno positivo de cabeça o respondeu.

— Eu também — um sorriso reconfortante sem que os dentes surgissem brotou no rosto da mulher.

Em pouco tempo Vicente e Elizabeth encotravam-se do lado de Edward.

Enquanto Elizabeth averiguava o bem estar do sobrinho, Vicente ansiava por um momento sós com o Duque o que não demorou até que a mulher entendesse e se retirasse.

Quando o homem questionou sobre os ferimentos de Keira Vicente contou o ocorrido em detalhes. A parte horrorosa não foi a mulher ter defendido Intropeda e sim a visita do Rei Victor á propriedade.

Se o homem dignou-se a vir de Tão longe para Intropeda só queria dizer que Keira também podia ter sido julgada pelo que tivera acontecido.

Por essa mesma razão, embora que ainda com dor Edward arrumou-se para então a defender caso a esposa precisasse, depois de tudo o Duque havia se dado conta de qual grande era seu amor por Keira e se alguma coisa lhe ocorresse por sua culpa jamais se perdoaria.

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