Capítulo |17|

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Vicente escoltava a Duquesa para Mitch, além dos quatro outros cavaleiros em volta da carruagem. Durante todo o caminho de volta para casa Keira se manteve em silêncio embora uma vez ou outra alguma lágrima caísse sem permissão.

Não deixou de lembrar como foi a primeira vez que deixou Mitch, o lugar em que nasceu para a casa nova e com um desconhecido em Intropeda, se encontrava incerta e apreensiva com receio do que estava por vir, agora, seis meses depois voltava com o coração despedaçado e com lágrimas nos olhos depois de ter experimentado o amor.

— Chegamos vossa graça! — anuncia Deborah depois que Vicente abriu a porta para que ambas descessem.

Tirada de seu devaneio a mulher então desceu.

— Obrigada!

— Duquesa, perdoe minha intromissão, mas dê um tempo ao Duque, logo irá se acalmar e perceber o que fez, Edward pode ser impulsivo as vezes —. Disse Vicente, sem o responder a mulher apenas deu-lhe um leve aceno de cabeça.

Antes mesmo que desse mais alguns passos, sua mãe, Lady Dayane acolheu-a em seus braços.

— Minha menina, é tão bom vê-la —. Disse a mulher —, está tão linda — beijou-lhe o rosto e a pegou pelo braço para que seguissem para dentro

— Mãe, tive muitas saudades, senti muito a tua falta.

Quando por fim estavam acomodadas Dayane havia percebido o semblante triste e preocupado da filha, porém, sabia que ela se abriria quando se sentisse pronta. Então conversaram sobre assuntos aleatórios como o que Dayane tem feito e em como tudo tivera voltado aos eixos nesses meses.

Até sua tia Carlota e Camille haviam ido visitá-la algumas vezes, e há algumas semanas a sobrinha tivera passado poucos dias na propriedade para não a deixar só.

— Camille passou uns dias com a Senhora? — surpresa, indagou Keira.

— Sim, Camille é um amor, obviamente não parece ser filha de uma mulher como Carlota. Gostava de passar os dias andando a cavalo nos campos.

— Decerto, Camile é diferente dos pais, se parece bem mais com...

— Com seu pai — continuou Dayane e Keira assentiu.

— Foi o que eu disse a ela.

Depois de um chá, uma longa conversa, um banho e de ter visto sua amiga Artemis que estava bem cuidada a mulher se trocava para dormir.

— Podes ir deitar-te Deborah, deves estar cansada da viagem.

— Não vai mais precisar de mim hoje?

— Certamente que não.

— Bom descanso senhora — deseja a mulher

— Bom descanso... Deborah?

— Sim?

— O que foi aquilo mais cedo, durante a viagem?

— Do quê exatamente te referes senhora?

— De Vicente, nutres sentimentos por ele?

— Não eu...

— Não minta para mim.

— Que vergonha, é tão nítido assim? — a Duquesa sorriu com o rubor da amiga e mostrou-lhe o lado da poltrona para que se voltasse a sentar e pôr a fofoca em pauta.

— Não é vergonhoso estar apaixonada, ainda mais por alguém lindo, jovem e um completo cavalheiro como Vicente — Incentivou feliz.

— Creio ser uma paixão não correspondida já que Vicente nunca mostrou interesse.

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