Capítulo |12|

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A manhã clareava, os mais novos companheiros de cama ainda permaneciam enroscados um no outro, Keira estava envolvida pelos braços do marido em um sono tão profundo como há tempos não tinha, Edward por sua vez já se encontrava acordado sentindo o corpo da esposa pesar no seu e apreciar a serenidade com que dormia, não ousou em mexer um músculo sequer para não acordá-la o que aconteceu quando Deborah adentrou no quarto de sua senhora sem bater na porta como o habitual.

— Ai céus... perdão não sabia que... perdão — gritou a mulher virando de costas e correr para fora depois de dar de cara com o casal junto na cama, Edward tinha os dois botões da camisa aberta que dava deslumbre ao peito másculo e liso onde involuntariamente a mão da Duquesa descansava.

Como reação ao susto de sua dama de companhia a mulher abriu os olhos preguiçosos e murmurou palavras que o homem sequer entendeu. Mas que com certeza a revigorizava. Keira olhou para os olhos que a olhavam insistentemente e sorriu terna ainda aconchegada nos braços de Edward.

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Naquela manhã algo novo aconteceu. O casal desceu juntos de braços dados em direção à mesa, fariam a primeira refeição do dia na sala em que Louise e Elizabeth já se encontravam sentadas em seus respetivos lugares. A novidade não era apenas o facto de ambos estarem de mãos dadas e sim as expressões que levavam no rosto que iluminava a sala de modo contagiante.

 — Bom dia  — cumprimentou Edward enquanto como um cavalheiro que era ajudou a mulher a sentar-se

 — Bom dia — Respondeu lady Elizabeth hesitante, seu sobrinho não era um homem de cumprimentar quando se juntasse a elas à mesa, tão pouco tinha essa expressão serena pela manha, na verdade, ele nunca tinha uma expressão amigável no rosto.

Quando a seguir ao marido Keira as saudou, Elizabeth respondeu-a sem nenhuma hostilidade o que Louise achou ruim, pois seu desagrado com a situação era visível, porém, a mesma sabia ser idiotice dizer ou fazer alguma coisa já que pelo que parece tivera perdido sua aliada contra a Duquesa.

Durante a refeição os olhares, sorrisos e quase impercetíveis apertos de mãos não passaram despercebidos aos olhos investigadores de lady Elizabeth tão pouco aos ciumentos de Louise.

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Naquela tarde Louise estava possessa, tomada pela raiva e ciúmes, sabia que aos poucos perdia seu amante, embora Edward já não a procurasse desde o seu maldito compromisso como a mesma gostava de chamar o comprometimento agora casamento do Duque. Precisava fazer alguma coisa, terminar de vez esse casamento que nada mais era que um obstáculo para poder viver um amor com seu amado

Enquanto olhava da janela de seu quarto viu Keira sair com Edward em sua carruagem que foi gatilho para flamejar sua irá, decidida a encontrar algum triunfo contra a rival correu para o quarto da Duquesa enquanto averiguava se alguém a seguia

Quando então se sentiu segura fechou a porta e olhou para os quatro ângulos do quarto enquanto pensava por onde começar, onde alguém esconderia alguma coisa vergonhosa?

Debaixo da cama? — ponderou ao mesmo tempo que correu para averiguar, porém nada foi encontrado. As gavetas da pequena banca e cômoda sem resultados.

De pé no meio do quarto com um olhar examinador a procura de possibilidades olhou para o baú no pé da cama que tinha uma toalha feita de crochê com flores bordadas a mão, ajoelhou-se de frente ao baú e abriu sem cerimónia, depois de retirar duas camadas de renda encontrou sobre o embrulho de um tecido branco cartas que teve o prazer de ler e sorrir mistériosa.

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