Capítulo trinta

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— Eu ainda tenho o cartão do delineador.

— É a sua palavra contra a minha, e é melhor você se apressar antes que você perca. Eu duvido que eles vão começar de novo por sua causa. — ele levantou uma pasta. — Por outro lado, isso poderia salvar seu traseiro.

Ele estava gostando disso.

— O que você quer?

— Que você seja babá, nesta sexta-feira.

— Feito.

— E no sábado.

Babaca!

Peguei o arquivo dele e eu li mais rapidamente para ver o que estava nele.

— Tudo bem. — eu disse, antes de sair correndo a toda velocidade em direção ao escritório.

— Eu sinto muito, eu estou aqui. — eu disse, me movendo através da multidão para junto à sua janela onde Alfonso estava com o resto dos estudantes atrás dele para uma foto.

Ele olhou para mim e eu podia sentir o sermão que eu ouviria.

— Eu sinto muito, eu não estava ciente que teríamos tempo para fotos, Professor Herrera. Eu estava com esse arquivo e achei que você pudesse precisar dele. — eu entreguei a ele.

Ele pegou e passou o olho. — Vamos discutir isso mais tarde.

— Eu sinto muito fazê-los esperar. — eu disse aos repórteres na sala.

— Está tudo bem, nós estávamos apenas testando a iluminação de qualquer maneira. Sabemos que o trabalho vem em primeiro lugar.

Sorrindo, eu balancei a cabeça e me virei para o resto deles. Katheryn balançou a cabeça, deu um suspiro para mim e olhou pela janela.

— Agora, podemos deixar a duas mulheres no meio? — o fotógrafo pediu.

Claro, se você quiser capturar um assassinato na câmera.

Eu me mudei para o centro e ela também.

— Havia mesmo qualquer coisa nessa pasta? — ela sussurrou para mim baixinho.

— Se você tem que perguntar isso, você não está prestando atenção. — eu sussurrei de volta e sorri enquanto o flash disparou.

— Obrigado, isso é tudo o que precisamos no momento.

Nós todos nos separamos, saindo da sala para dar-lhes espaço. Antes que eu pudesse chegar de volta à minha mesa, Christian veio por trás de mim e agarrou meu braço, junto com o da Katheryn e nos afastou de todos para a escada.

— O que você está fazendo? — eu puxei meu braço para longe dele.

— O que quer que seja esse grande segredo, eu quero saber agora, antes que vocês duas ferrem tudo para nós. — ele exigiu, olhando para nós.

Katheryn libertou seu braço e ficou tão longe de mim quanto podia dentro do espaço apertado.

— Tudo bem, vou começar com o meu segredo então; eu sou um branco, do sul, gay, democrata, cujo pai passa a ser um governador republicano. — confessou olhando entre nós.

Eu não disse uma palavra, cruzando os braços como ela fez.

— Eu posso esperar. — disse ele encostando na porta. — Mas vocês realmente querem ficar presas aqui por muito mais tempo?

— Eu sou republicana e uma stripper, eu posso ir agora? — Katheryn se virou para ele.

Seus olhos se arregalaram por um momento antes que ele tentasse escondê-lo.

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