Capítulo vinte e seis

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Anahi

Virando de lado, eu assisti enquanto ele dormia... o que era um pouco assustador, mas deslumbrante também.

— Você está me olhando. — disse ele, sem se preocupar em abrir seus olhos quando ele enterrou a cabeça mais funda no travesseiro.

— Desculpe...

— Basta perguntar tudo o que você quiser perguntar.

Sentei e tentei levantar os cobertores comigo, mas ele apenas puxou de volta para baixo. Eu tentei novamente, e novamente, ele puxou de volta para baixo.

— Alfonso.

— Meus olhos estão fechados, você não precisa se cobrir.

— Em primeiro lugar, por que isso importa se você não pode me ver? E em segundo lugar, estou me cobrindo porque eu estou com frio.

Ele estendeu a mão, colocou a mão no meu seio e levemente sacudiu meu mamilo. — Você está com frio.

Empurrando a mão dele, eu peguei os cobertores e, desta vez, ele não me impediu.

— Qual é a sua pergunta?

— O que é que as pessoas fazem aqui no meio do nada?

Com um sorriso, ele abriu os olhos e olhou para mim. Seus olhos eram maus e sua expressão travessa quando ele me levou em seus braços e beijou meu pescoço.

— Não é isso. — eu dei uma risadinha - porque, aparentemente, eu era uma risonha agora - quando ele beijou meu pescoço.

Ele riu junto comigo, e se sentou contra a cabeceira da cama, agora completamente acordado. — Fazemos o que queremos fazer. Podemos caminhar para a cidade ou na floresta. Vínhamos muito aqui quando eu era mais novo, com meu pai, então eu conheço todas as trilhas. Você trouxe seus patins de gelo com você, certo?

— Eu trouxe. Sim. Eu sei como usá-los? Não.

— Como você pode não saber como patinar no gelo? Você é de Boston.

— Bem, eu passei a maior parte da minha vida em Maryland. As pessoas de lá odeiam gelo, nós não dançamos sobre ele.

— Eu podia jurar que o mais jovem atleta americano a competir nos Jogos Olímpicos de patinação no gelo era de Maryland.

Ele era um sabe-tudo e o olhar orgulhoso no rosto - por que isso me faz querer sorrir também?

— Como você sabe disso?

— Eu li. — disse ele, enquanto se levantava.

Eu segui as linhas de seu corpo até que ele estalou os dedos. — Eu estou aqui em cima.

— Eu não tenho ideia do que você está falando.

— Não minta, você estava me verificando!

— Eu preciso me vestir. — eu disse, enquanto pegava algumas roupas e me dirigi para o banheiro.

Quando eu fechei a porta atrás de mim, me encostei e me vi olhando para os painéis de madeira que compunham o teto. Tudo era tão rústico, e mesmo assim ainda conseguia ter um toque contemporâneo.

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