Epílogo

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Três anos depois

Eu tinha acabado de lavar o xampu do meu cabelo quando ela puxou as cortinas.

- Oi. - eu disse, um pouco atordoado quando o chuveiro continuou aberto.

- Por que você não me pediu para me casar com você? - ela perguntou, cruzando os braços sobre o peito. - Já se passaram três anos. É esta analogia ao leite da vaca? Porque agora, eu estou no prejuízo...

Tomando-a pela mão, eu a puxei para o chuveiro comigo, então fechei as cortinas do chuveiro.

- Estava ficando frio. - eu disse simplesmente, quando eu continuei lavando meu cabelo.

- Meu cabelo, minhas roupas... - ela olhou para mim. Todo o seu corpo estava encharcado, e suas roupas se agarravam nela.

Eu sorri. - Você está gostosa.

- Tudo bem. - ela tirou suas roupas e as jogou para fora do chuveiro, onde elas caíram no chão.

- Agora você está apenas brincando com fogo. - eu disse, quando eu a prendi contra a parede e a beijei.

Ela me beijou de volta, esquecendo de si e seu propósito por um breve momento. Então, ela recuou e pressionou seus dedos contra meus lábios.

- Estou falando sério Poncho, por que você não me pediu para casar com você?

- Você nunca falou em casamento antes. Demorou meses e um tiro para levá-la a finalmente admitir que você me amava.

- Eu digo agora! - ela franziu a testa para mim.

Eu tentei beijá-la novamente, mas ela não me deixou.

- Você tem 26 anos. Você tem uns bons dez anos antes que você deva estar surtando sobre o casamento.

- E você?

- Eu sou um cara.

- Sexista!

- Segurista.

Isso não era sequer uma palavra real.

Ela revirou os olhos para mim.

- Urgh! Eu não posso falar com você assim. - ela saiu do chuveiro. - Eu não tenho nenhuma ideia de como teremos um filho, quando você ainda age dessa forma!

- Tanto faz... - eu disse, voltando para o chuveiro.

Então eu parei, quando sua última declaração ecoou pela minha mente.

- Espere, o quê?

Agarrando uma toalha, eu pulei fora do chuveiro e corri para o quarto onde ela estava com raiva puxando gavetas e batendo-as com força.

- O que você disse?

- Eu falei com você sobre um filho, agora, se me dá licença, eu preciso ficar pronta para o nosso jantar.

Ela tentou ir para o armário, mas eu a segui. Agarrando um dos meus tênis, eu retirei a pequena caixa azul-petróleo e a coloquei na mão dela.

- Eu comprei isso um mês depois que conseguimos tirar seu pai da cadeia... com a bênção dele, assim como a bênção da sua irmã e sua avó.

- Eu disse a eles que eu ia esperar até que você se formasse porque eu não queria que você se sentisse pressionada, e eu não queria que você planejasse o nosso casamento enquanto você ainda estivesse estudando. Mas acima de tudo, eu queria ter certeza de que quando nos casarmos, fosse algo que você realmente quisesse. Então eu disse a mim mesmo para esperar, você estava comigo, você estava viva, e eu podia esperar.

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