Capítulo trinta e quatro

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Alfonso

Tinha começado; as chamadas de telefone não paravam, a imprensa toda estava lá fora, os associados correndo por aí com os cabelos pegando fogo. Eu precisava lhes dizer algo. Eu tinha passado sobre o caso de Ben Puente, pelo menos, quatro vezes agora, e eu nunca tinha visto tal estupidez em toda a minha vida. As provas não foram todas recolhidas, a cena não foi fechada e uma das testemunhas desapareceu após sua declaração, e não testemunhou...

era apenas uma grande bagunça fodida.

— Você está pronto para dar o seu discurso? — perguntou Tristan, quando ele entrou na sala de conferência.

— Por que eu preciso dar um discurso? Eles são advogados, e nós vamos praticar a lei, simples assim. — eu disse, embora eu soubesse que tinha que dizer alguma coisa.

— Então, você não tem ideia?

— Nem um pouco.

— Você precisa de um minuto?

— Não, traga-os aqui.

Essa ia ser uma longa noite.

Eu não tive que esperar muito tempo, parecia que todos estavam esperando que eu os chamasse. Meus associados estavam sentados ao redor da mesa de carvalho escuro, enquanto os estudantes se reuniram perto da parte de trás.

— Ben Puente, nosso novo cliente. — eu disse, enquanto olhava por cima deles.

Eu coloquei uma foto de Ben Puente e escrevi seu nome na grande janela que dava para Boston. Então, eu comecei o meu ‘discurso’.

— Eu era calouro na faculdade, quando ele foi condenado. O que significa que a maioria de vocês ainda eram pré-adolescentes, mas eu tenho certeza que se você viveu na cidade, você sabe sobre o tumulto que a morte de Savannah Álvarez causou. Como a história foi contada, Ben Puente sequestrou, estuprou e esfaqueou quatorze vezes a Sra. Álvarez. Ela foi mais tarde encontrada em um quarto de motel em Connecticut.

— Testemunhas haviam colocado Ben Puente fora de sua casa no dia anterior, e seu DNA foi encontrado na cena do crime. O caso foi montado para fazer Ben Puente parecer um perseguidor apaixonado que caçava Sra. Álvarez.

— Faz sentido. — Raymond falou, quando ele afrouxou a gravata. — Mas por que ele estava lá? Por que seu DNA estava no quarto de motel?

— Porque eles estavam tendo um caso. — uma voz soou fora do escritório.

Eu teria reconhecido aquela voz em qualquer lugar.

Quando ela entrou na sala, parecia que ela estava mais alta. Ela tirou sua jaqueta e luvas, e os deixou cair sobre a cadeira. Ela pegou uma pasta da mesa antes de fazer seu caminho até onde eu estava.

— Existe alguma prova? — perguntou Katheryn, enquanto levantava a mão na parte de trás.

— Sim. Eu. — ela disse. Então, olhando para mim. — É o seu caso, mas posso informá-los?

Eu poderia negar-lhe qualquer coisa neste momento?

Balançando a cabeça, eu lhe entreguei o marcador e me sentei à cabeceira da mesa, perto de Tristan.

— Ben Puente é o meu pai. — disse ela, levando-os a sussurrar, quando ela desenhou uma linha do tempo na foto na janela. — Desconhecido para muitas pessoas, Ben Puente uma vez foi conhecido como um escritor de ficção, Law Bonnet. Ele e minha mãe, Margaret Portilla nunca foram formalmente casados...

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