Capítulo vinte e cinco

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Depois de dois dias sumida, me senti em falta com vocês que realmente gostam dessa história e pensei "pq não soltar mais um capítulo?"

Então aqui estamos!

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Anahi


Eu nunca fui tão desejada por alguém, da maneira que Alfonso me desejava. Era estranho para mim. Eu não entendo, e ainda assim, eu estava estupidamente feliz sempre que eu estava com ele. Eu não podia explicar, eu apenas me sentia... livre.

Ninguém fora da minha família sabia sobre meus segredos, exceto ele. Eu tinha cometido o erro de me abrir para algumas pessoas na escola, mas isso se mostrou ser um erro. Algumas semanas mais tarde, as pessoas começaram a sussurrar e os rumores começaram a voar. Meus professores ficaram preocupados, e isso foi tão longe quanto os conselheiros pedindo para se encontrar comigo todos os dias. Mas a coisa era passado, eu já tinha feito terapia. Minha avó tinha gasto muito dinheiro com Selene e eu, apenas para que pudéssemos falar com estranhos sobre como nos sentíamos ou como percebemos o mundo à nossa volta. Mas às vezes não conseguíamos nem falar. Nós apenas não estávamos mentalmente prontas para atravessar naquela fresta particular de nossas memórias. Eu não sabia o que dizer a eles, e isso só tinha deixado as coisas piores.

Após seis anos sendo forçada a falar com as pessoas, eu jurei que eu nunca falaria sobre isso novamente com ninguém... até que eu conheci Alfonso. Desde o primeiro dia que eu o conheci, meu mundo foi mudando.

— Qual o problema? — perguntou Alfonso, quando ele veio atrás de mim, pegando meu olhar no reflexo do espelho.

— Nada. Aonde é que vamos mesmo? — perguntei, me virando.

— Nós estamos comemorando um encontro de fim de semana.
— anunciou com um sorriso.

Ele pegou minha mala e a dele, e levou todas as nossas coisas para baixo. Ele é claro, tinha ganhado o caso, e todos os programas de notícias insistiam em repetir sobre como o grande Alfonso Herrera tinha feito isso de novo. Ele fez parecer tão fácil que ninguém parecia se lembrar das previsões do caso da Sra. Nash. No entanto, algumas pessoas estavam lívidas que o assassinato do Sr. Nash ainda estava por resolver.

— Você está ficando perdida em seus pensamentos de novo. — observou ele, quando ele me entregou o meu chapéu e lenço.

— Eu estava pensando sobre o caso...

— Não. — ele ergueu a mão. — Passamos meses pensando sobre o caso. Agora é a hora de esquecer que nós já tivemos... — ele parou e apalpou os bolsos. — Onde está a minha carteira?

— Na cozinha, o que me lembra... — eu fui para a cozinha enquanto ele seguia atrás de mim. Abrindo a geladeira e os armários, comecei a pegar as maçãs, batatas fritas, água e tudo aquilo que poderia caber em minha bolsa.

— O que você está fazendo?

— Você disse que ia levar uma ou duas horas para chegar lá, certo?

— E você vai sentir fome? Eu não estou julgando você, mas...

— Não! É para nós dois, você já viu a neve lá fora? Se ficarmos presos em algum lugar...

Ele riu de mim. — Você assiste ao canal do tempo um pouco demais.
Ignorando-o, eu peguei o resto das coisas e joguei em um saco, então me virei e entreguei a sua carteira. Ele apenas sorriu para mim e para a criança em mim. Torcendo meu rosto, eu mostrei a minha língua para ele e comecei a caminhar em direção à porta da frente.

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