CAMREN: Encontre Uma Moeda (G!P)

Cap. 27 - Encontre Uma Moeda II

Pov Camila Cabello

As coisas entre mim e Lauren haviam mudado na noite anterior. O esforço que fazia sempre que estava comigo pareceu ter desaparecido. O amanhecer de um novo dia trouxe uma versão mais leve, até mais feliz, de Lauren.

Depois de expulsá-la do chuveiro para que partes além dos meus seios e entre minhas pernas pudessem ser lavadas, fiquei alguns
minutos refletindo sobre tudo que havia acontecido. A água corrente massageou meu pescoço enquanto fechei os olhos.

Lauren havia se aberto comigo. Ela carregava muita culpa e peso nas costas, muito do que parecia não merecer. Mesmo assim, eu não
havia compartilhado muito do meu passado com ela. Não sabia se algum dia estaria pronta para falar sobre isso.

Depois de me arrastar para fora do chuveiro, entrei no closet dela e encontrei uma camisa. A entrada do closet era maior que minha
cozinha. Vesti a camisa e passei os dedos pelo cabelo molhado.

Encontrei Lauren sentada à mesa da sala de jantar com uma pilha de papéis e seu notebook aberto. Ela estava usando aqueles óculos que eu amava como ficavam nela e olhou para cima para me observar caminhar pelo corredor.

─ O que foi?

─ Minha camisa. Fica muito melhor em você.

Quando cheguei à mesa, ela colocou imediatamente a mão debaixo dela e segurou minha bunda.

Balancei o dedo para ela.

─ Ãh-ãh-ãh, professora. Parece que tem trabalho a fazer.

─ Minha auxiliar deveria estar corrigindo estes trabalhos.

─ Você não pediu. Eu teria corrigido.

Ela me colocou sentada no seu colo e enterrou o rosto em meu cabelo.

─ Por que não os corrige agora? Vou te bolinar enquanto você lê a redação sobre a arte do ritmo.

─ Você é muito grosseira.

Ela olhou para mim.

─ O que é grosseiro? Te bolinar? Gosta dos meus dedos dentro de você. E da minha língua. E do meu pau. Queria ter mais partes para
colocar aí dentro. Eu nunca sairia.

Bati no ombro dela e dei risada.

─ Estou morrendo de fome. Você precisa me alimentar.

─ O quê? Era isso que eu estava tentando fazer. Aquecer você para te alimentar.

─ Que tal fazer alguma coisa para comermos e eu termino de corrigir?

─ Combinado. Odeio corrigir trabalhos.

Terminei de corrigir enquanto Lauren preparava o café da manhã para nós. Panquecas com um pedaço de linguiça.

─ Isso está muito bom. Mas é a mesma coisa que você fez na minha casa. ─ Apontei o garfo para ela. ─ Você só sabe fazer panquecas?

─ Não, Sabichona. Sei fazer um monte de pratos. Só não faço sempre porque é mais fácil comprar alguma coisa no caminho para casa.

─ Não sou tão boa em fazer comida, mas sei fazer doces e bolos muito bem.

─ Ah, é?

─ Rose, minha tia que nos criou, era confeiteira. Assim que nos mudamos, o jeito que ela encontrou de se aproximar de mim e da
minha irmã foi preparar docinhos conosco o tempo todo.

Lauren pareceu refletir.

─ Sua tia e seu tio têm filhos?

─ Não. Rose não podia ter filhos. Eles foram, na realidade, pais adotivos por muito tempo. Depois que adotaram minha irmã e eu,
pararam de adotar outras crianças. Ficaram bem ocupados comigo e com Sofia.