Cap. 41 - Você Sempre Teve o Meu Coração

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Pov Lauren Jauregui

A mensagem de Camila era a última coisa que eu esperava. Li de novo a troca de mensagens ambígua de uma hora antes.

Camila: Podemos conversar amanhã, depois da aula?

Lauren: Claro! Está tudo bem?

Camila: Sim. Está tudo bem.

Lauren: Quer falar sobre algo relacionado à faculdade ou à sua tese?

Camila: Não.

Eu sabia que ela costumava sair rápido para trabalhar às terças depois da aula.

Lauren: Não tem que trabalhar depois da aula?

Camila: Não. Tirei uma semana de folga.

Não conseguiria dormir naquela noite. Estava ansiosa demais.

Claro que minha mente começou a me trolar, imaginando todo tipo de merda ─ como por que ela tirara uma semana de folga? Imaginei-a sentada em um avião, viajando para algum destino exótico com aquele mala do Mendes.

Apesar de bastante tempo ter se passado
desde nossa última mensagem, peguei o celular na tentativa de descobrir algo que pudesse me ajudar a relaxar.

Lauren: Vai a algum lugar?

Ela respondeu alguns minutos mais tarde.

Camila: Não. A lugar nenhum.

Mais tentativas de relaxar depois disso foram simplesmente inúteis.

Em certo momento, peguei minhas chaves e decidi que o dia seguinte era muito tempo para esperar para ouvir o que Camila tinha a dizer.

Havia lhe dado o tempo que ela pedira, mas se estava finalmente pronta para falar, eu tinha muita coisa que precisava dizer também.

Quando cheguei à casa dela, percebi que era bem tarde. Sem querer assustá-la tocando a campainha às onze horas da noite, resolvi mandar mensagem primeiro.

Lauren: Está acordada?

Os pontos começaram a pular. Isso respondia à pergunta.

Camila: Sim.

Lauren: Acha que podemos conversar um pouco mais cedo do que depois da aula amanhã?

Camila: Claro! Que horas?

Lauren: Agora.

Camila: Acho que é melhor conversarmos pessoalmente.

Lauren: Eu também. Estou aqui embaixo, posso subir?

Meu celular tocou um minuto depois.

─ Está brincando?

Apertei o interfone dela como resposta.

─ Sou eu.

Depois dela deixar que eu entrasse, aguardei diante do elevador. Aquela maldita coisa era muito lenta. Agora que eu estava ali e que
ela me deixara entrar, eu estava desesperada para vê-la. Meu coração batia rápido, não de um jeito natural, enquanto esperava.

Impaciente, olhei em volta para procurar uma porta que levasse às escadas. Quando encontrei, saí voando e subi dois degraus por vez.

A porta de Camila se abriu assim que cheguei em seu andar.

─ Você está mesmo aqui.

Não conseguia ver se ela estava feliz ou chateada por eu ter aparecido assim, sem avisar ─ sua expressão estava mais para chocada.

CAMREN: Encontre Uma Moeda (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora