Capitulo 18

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Voltei para a sede do Concelho a coversar com Adam que me punha a par de tudo o que tinha acontecido nos últimos anos. Tinhamos acabado de nos levantar depois de uma horas nos sofás na sala que pertencia ao membros honorários do Concelho que lhes tratavam de promenores que aparentemente o incluia.

-E o que é que fazes agora? Dezassete anos significa que desde o ano passado que tens uma profissão a meio tempo. E se estamos aqui é porque escolheste bem.

-Eu tenho feito buscas. Vou procurando vestigios de gente que não vive em Mirael e usa a Essência para coisas que não devia.

Ainda não conseguia entender como é que a Essência funcionava. Ou o que era. A única coisa que sabia era que podia usar os elemntos se fosse usada corretamente. Mas isso não interessava.

Subi-mos as escadas até à zona que alojava os convidados. Seguimos o corredor que levava aos quartos.

-Mas isso não é um cargo alto? - perguntei

-É. Eu e o Nathan somos os únicos que com dezassete já ocupamos um cargo tão elevado. - respondeu orguho.

-Isso é optimo! - exclamei - Fizes-te muito desde a última vez que te vi.

-Passaram sete anos. Uma eternidade...

- E a tua familia? - Tinha de mudar de assunto.

-Estam todos bem. A minha irmã de certeza que vai querer voltar a ver-te. 

-Nem se lembra de mim. Ela era um ano mais nova que eu.

-Ela tinha oito anos não era um bebe. A sério tens de ir vê-la. - insistiu - Teve a fase em que rapou o cabelo com um ato de rebeldia à uns dois anos. O meu pai passou-se completamente.

-Imagino. Ela sempre teve o cabelo grande. Eu lembro de como a tua mãe corria atrás dela pela casa para lhe pentear os cabelos que estavam completamente emaranhados.

-Ela agora já se penteia sozinha. - garantiu-me a sorrir.

Senti uma pontada de culpa. Como podia eu estar a divertir-me se ela estava morta. Se nunca mais a ia ver.  Eu devia de estar a sofrer, de luto e não a conversar e a rir.

A minha volta estavam quadros que retravam pessoas importantes para os habitantes de Mirael. Talvez eu tivesse reconhecido uma só cara se ali tivesse crescido, mas como não era o caso, parecia que todos eles me olhavam de lado e me julgavam nas telas contornadas pelas molduras em madeira. Paramos a frente do meu quarto.

-.E assim que cheguei.... Cassie, estás bem? Não ouviste uma palavra do que eu disse pois não?

-Desculpa. -pedi - Ainda me perco nos pensamenos de vez em quando. Muito para pensar.

-Não faz mal. É que... - O meu queixo caiue os meus olhos abriram - O que é que foi?

Adam virou-se e viu o mesmo que eu. Nathan com a camisola cinzenta manchada de sangue. Começava a tornar-se um hábito ve-lo assim.

-O que é que aconteceu? - perguntei alarmada. 

Respirei fundo. Da última vez que ele tinha feito aquela cara de urgência...

-Andei a procura em todo o lado. Tens de ir para o portão Adam. Já. - ordenou. - À problemas de controlo. Os vampiros e os lobisomens que estavam na zona do exilio conseguiram passar as defesas e agora estão a matar os nossos. Passaram as defesas e foram matar as pessoas a casa. Só não entram aqui porque temos o portão. É uma carnaficina lá fora. As crianças. Temos de evacua-las.

-Fica aqui. - Disse-me Adam.

E começaram a correr os dois disparados pelo corredor fora. Comecei a correr atrás deles mas a meio do corredor parei. O que é que eu podia fazer por alguém senão coseguia ajudar-me  a mim própria. Não ia atrapalha-los ainda mais? Não ia por-me no caminho de alguém e acabar morta ou ser a responsável pela morte de alguém. Mas talvez pudesse juntar as crianças e os idosos e todos aqueles que estavm à procura de refugi-o dentro da cidade e impedi-los que com o pânico alguém morresse debaixo dos pés de uma multidão ou algo do género. Qualquer coisa que me fizesse sentir útil. Qualquer coisa boa a dar ao mundo para variar.

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