Capítulo 18 - She's worried about me

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Ryan Potter P.O.V

Esperava sinceramente que, mesmo com todos os acontecimentos a Teagan viesse a ser capaz de adormecer assim como também eu tentaria, pois a manhã seguinte daria com toda a certeza inicio a um longo dia do qual temia as consequências, só preferia optar por não o demonstrar quando existem pessoas que estão bem piores que eu e tendo em conta os sentimentos que a minha loirinha tem pelo Curran, ei de fazer os possíveis para que mantenha a calma. 

Conheço-a muito bem, desde os primeiros instantes no set que era como a minha irmã mais nova e quando pela primeira vez o Gar e a Rachel se beijaram foi no mínimo estranho, no entanto não mudou nada entre nós, contudo se a conheço bem o mesmo acontece com esta em relação a mim. Dei-lhe o meu casaco há pouco pela minha típica mania de querer cuidar de todos, ainda para mais de alguém com quem me importo tanto e afinal com ou sem este vestido tinha frio, logo julguei que não houvesse grande diferença em usá-lo ou não, porém, de volta ao meu quarto encontrava-me gelado até aos ossos. 

- Mais de cinco anos de gravações no Canadá e continuo a não ser feito para este tempo... - reclamei aconchegando-me na cama - E ainda nem está a nevar, ah mas que merda!

- Que é que a neve te fez? - a voz da Conor vinda do corredor despertara-me antes de chegar a pregar olho. 

- É gelada... - murmurei virando-me para o lado oposto, como uma criança que se esquiva da mãe quando esta a vem acordar nas manhãs antes da escola, quase que tenho saudades disso. 

- Pronto, tu lá sabes, só que a meu ver isso é uma característica bastante obvia! - respondeu com uma leve gargalhada, o seu riso era sempre algo agradável de se ouvir e noutra qualquer situação esforçar-me-ia para continuar a conversa durante o máximo de tempo possível, no entanto hoje, a esta hora não dava, encontrava-me até mais exausto que no dia da nossa chegada em que me sentia um autentico zombie.  

Acordei com os fracos raios de Sol a aquecerem-me mesmo que muito pouco a cara, sem a menor vontade de abrir os olhos ou levantar-me, isto é pelo menos enquanto não me recordava da noite passada pois mal tal ocorreu levantei-me num ápice estremecendo pelo frio que parecia atingir-me mal sai da cama, procurando o telemóvel que parecia ter ido por alguma razão parar ao chão, pelo menos ainda era relativamente cedo, o que me dava uma misera margem para me despachar com alguma calma pois os meus músculos aparentavam estar muito mais desgastados do primeiro dia de gravações do que imaginava. Nada que um banho quente não resolvesse, coisa que não demorei muito a descobrir que não seria assim tão simples quando também a minha cabeça começar a latejar durante aquele pequeno almoço tenso, silencioso em que não haviam sequer quaisquer vestígios da Ava e quanto ao Curran, tinha a sensação que a alma lhe tinha abandonado o corpo. 

- Vamos andando? - questionou Brenton, sendo o primeiro a levantar-se. 

- Sim, não nos podemos atrasar. - respondeu-lhe, Anna antes de terminar o seu café. 

Todos parecíamos extremamente dependentes daquela bebida hoje, contudo se queria fazer algo de jeito hoje, a mim faltava-me no mínimo um comprimido, visto que, juntando as peças do puzzle começava a chegar à conclusão de que apanhara uma gripe ou algo do tipo. 

- Vão andando, tenho que ir buscar uma coisa ao quarto. - avisei levantando-me, tomando também o ultimo gole de café sem grande apetite para mais. 

Podia sentir a preocupação de alguns quase tanto quanto o peso que se abatia sobre as minhas têmporas e a maldita tosse que me arranhava a garganta mal adentrara no elevador.

No quarto lá encontrei os comprimidos e sentado na beira da cama tomei um com a ajuda da água da garrafa que tenho por hábito deixar na mesinha de cabeceira. 

- Bem me parecia que algo se passava! - exclamou Conor, assustando-me pela segunda vez num dia que mal começara, caminhando de braços cruzados na minha direção - Então, bebeste ontem e não contaste a ninguém?

- Porra não, acredita que tinhas dado por isso! - ri voltando a tossir o que rapidamente lhe alterou a expressão calma - Para estar de ressaca basta o Cur, eu não estou nos meus dias, just that. 

- Porque é que eu não acredito nisso? - indagou. 

- Deixa estar, deve ser só uma gripezita, já tomei um comprimido, deve dar para me aguentar. 

- E porque não pedes o dia?

- As gravações mal começaram e isto não é nada de mais, posso vir a precisar mais no futuro. 

- Teimoso como sempre...

- Como se fosses diferente. - retorqui - Vá, os diretores devem estar capazes de matar o Curran, não me quero juntar a essa lista. - acrescentei levantando-me de olhos postos no ecrã do telemóvel onde uma mensagem da T implorava para que nos despachássemos. 

- Se por acaso o elenco começar todo a ficar doente por tua causa podes ter a certeza que vais lá parar. 

- E não desistes!

- Não, não sou disso. - de repente aquela frase pareceu referir-se a muito mais do que uma tentativa de me fazer ficar no hotel. 

- Eu também não. - optei por responder antes de deixar o quarto seguido dela. 

- Ryan? - chamou descendo as escadas a meu lado. 

- Sim?

- Se vires que não estás bem, por favor pede para sair, precisamos de todos e julgo que saibas que quanto mais abusamos, pior se torna depois. - ver o quanto se importa comigo dava-me uma inevitável esperança ofuscada pelo meu subconsciente que me relembrava que não éramos nada além de amigos, que as coisas estava perfeitas assim.

- Já te disse, fica descansada. - se o fizesse fá-lo-ia por ela, só espero que o meu corpo não me atraiçoe a esse ponto. 

See you againOnde histórias criam vida. Descubra agora