Capítulo 5 - Everything is gonna be alright

140 10 0
                                    

Ryan Potter P.O.V

Mil e uma coisas passaram pela minha cabeça tanto durante a curta parte desta viagem em que me mantive acordado como e para ser sincero, em especial enquanto dormia, maldito sonho recordou-me daquilo que tentava esconder de mim próprio... A Conor, aquele beijo... Merda, não posso! Se ela realmente vier é a sua amizade que me faz falta e não algo mais, não vale a pena, na época ficou bem claro, foi um erro, um erro que nos afastou, um erro que não serviu para nada além de magoar ambos, aquilo que continuo a sentir seria só mais um pretexto para que tal se repetisse.

Mal o avião aterra dou conta que a turbulência apanhada ainda perto do Japão a um maior atraso do que julgava, visto que o Sol aparentava começar a preparar-se para descer a pouco mais das 18:30 marcadas no ecrã do telemóvel, eles devem estar tão fartos de esperar...

Apressado saí sorridente por mais que continuasse a sentir as minha pálpebras pesadas da noite mal dormida e das horas à instantes repostas que pareciam continuar poucas, fitei o espaço que me rodeava tendo uma vez mais aquela inexplicável sensação ótima que nem o frio deste final de outubro era capaz de me roubar, é como se voltasse a casa após uma temporada fora, não poderia estar mais mortinho para mostrar ao público de Titans o crescimento do Gar e também o meu...

Caminhei ladeado pelos dois seguranças procurando as malas no dispensador que mal encontrei comecei a arrastar pelos ladridos esbranquiçados dirigindo-me com dificuldades ao exterior onde no carro os meus colegas e amigos me aguardariam, baixara a cabeça numa desesperada tentativa de não ser reconhecido, não me interpretem-me mal, amo cada um dos meus fãs, mas estou exausto no mais sincero sentido da palavra. 

De súbito senti que uma mão me tocara o braço e como não me dei conta de qualquer reação por parte dos dois homens contratados para minha proteção, conclui que, como suspeitava, aquele toque delicado pertencesse àquela com quem, em frente das camaras tinha um confuso e conturbado romance.

- Teagan! - exclamei abraçando-a por esta ter sido a primeira em quem reparei graças aos seus cabelinho loiros, mais longos do que alguma vez usou - Hey pessoal! - acrescentei mal os meus olhos pousaram sobre, Brenton, Chelsea e Curran. 

- Estava a ver que te tinhas esquecido de nós! - gargalhou vivamente o ultimo que também me abraçou em conjunto com os restantes.

- Achas mesmo? Impossível! - declarei permanecendo com o braço apoiado no ombro do Brenton - Vocês mudaram tanto!

- Olha quem fala! - retorquiu Teagan - Pelo mantiveste o cabelo grande.

- Claro, nem era possível ser de outro modo. - ri antes de deixar escapar outro maldito bocejo - Vocês desculpem-me, o meu corpo está literalmente a implorar por uma noite de sono seguida. 

- Não há problema, ela está igual ou pior. - murmurou como se segredasse apontado para a Teagan levando todos a genuínas gargalhadas afinal parecíamos autenticas crianças. 

Minutos depois preparamo-nos para voltar ir para o hotel, caminhando uns atrás dos outros na direção da carrinha e como bom observador que sou notei com clareza algo que em qualquer altura seria impossível, enquanto o Curran ia lá à frente conversando com o Brenton a loirinha que sempre o acompanhava, fosse no que fosse digitava algo no telemóvel que era o seu único foco, podia estar extremamente errado, contudo algo me diz que aqui há coisa.

- Está tudo bem pequenina? - ela cresceu, é verdade, aliás, sempre tivemos alturas semelhantes, todavia como mais nova do grupo ganhou tal apelido - Pareces noutro mundo.

- Ah, estou b-bem, estava só a dar notícias aos meus pais. - gaguejou mantendo as minhas desconfianças.

- Teagan, porque é que insististe em tentar mentir-me?

- Eu não o queria fazer, é só que... É algo complicado, algo que só a Chels sabe e que...

- Calma T, só não quero ver-te assim! - cortei vendo os seus olhos prestes a encherem-se de água - Diz-me pelo menos que tu e o Curran não se chatearam ou algo do género. 

- Não... É ótimo revê-lo na verdade... - suspirou sorrindo sem aparentemente se dar conta, acabando por demonstrar qual era a origem do misterioso problema. Como é possível que a conheça tão bem e nunca tenha percebido?

- Quando tiver as coisas arrumadas falamos melhor sim? Nota-se que estás a precisar. 

- Sou assim tão transparente? - indagou com um sorriso cabisbaixo.

- És, ou então são apenas muitos anos disto. - respondi puxando-a para um abraço, fazendo com que ficássemos ligeiramente para trás - Vai ficar tudo bem, sim? Não há nada que destrua a vossa amizade, sabes disso, certo?

- Ás vezes sei, noutras as duvidas tornam-se imensas... - balbuciou.

No momento em que me preparava para a tentar animar, gritos de felicidade ecoaram pelos nossos ouvidos, levando-nos a procurar de onde vinham estes, melhor dizendo, porque os davam os nossos amigos e tal não é o meu tremendo espanto quando a vejo ser envolvida em abraços eufóricos, ela, a Conor. O meu coração pareceu estar prestes a explodir de tão rápido que batia, no entanto, assim como todos abracei-a seguindo os meus próprios conselhos, voltarei a conquistar a nossa amizade.

See you againOnde histórias criam vida. Descubra agora