8. Sotto le coperte

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Olá! Como vocês estão? Eu sei que vocês estavam ansiosas por um capítulo novo e eu fico muito feliz em saber que vocês estão gostando. Bem, esse capítulo é MUITO importante porque ele diz muito sobre o psicológico, podemos assim dizer, das duas, então se atentem bastante ao detalhes, ok? Vou tentar não soltar mais spoilers kkkk

Aproveitem a leitura!

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Dayane Mello

Os dias passam correndo aqui. A aproximação de Rosalinda e Mario não apenas chamava a minha atenção como a de toda casa e até mesmo de Sonia que estava cada vez mais incomodada, com isso eu me distanciava dela também, porque eu não aguentava todos os comentários que cercavam a minha amiga com o seu novo interesse romântico, tudo aquilo me dava ânsia. A falta de Cristiano fez com que meus laços com Sonia se tornassem cada vez mais fortes e agora finalmente eu dizia que ela era a minha melhor amiga na casa.

O que obviamente deixava uma bela italiana de olhos verdes enfurecida.

Ela me buscava com olhares por toda casa e eu me sentia queimar cada vez que ela o fazia, mas eu, por um milagre, não me rendi nenhuma vez a eles. Com muito esforço eu conseguia me desviar de sua mão-boba me procurando durante a noite e de seus pés tentando encostar nos meus. Cada vez mais eu trabalhava a ideia de que nada entre nós aconteceria, eu não poderia mais mergulhar em todo esse mar de sentimentos sem que eu soubesse que ela retribuía com a mesma intensidade. E a resposta estava óbvia: ela não retribuía. Por isso sempre caíamos nos mesmos dramas, na mesma montanha-russa subindo e descendo e me deixando cada vez mais louca, basta! Eu simplesmente não aguentava mais.

Mas os meus laços não eram exclusivos de Sonia, de jeito nenhum! Com tudo que estava acontecendo eu comecei a me aproximar mais de Samantha, a mulher que estava na cama ao lado e que impressionantemente era uma das pessoas que eu mais gostava agora. Também comecei a me aproximar um pouco mais de Zenga, por insistência de Sonia que ainda queria que eu me relacionasse com alguém mesmo que eu dissesse várias vezes que não procurava por nenhum homem, mas não faria mal me distrair um pouco, certo?

– Amore, você está aí. – Sonia me tirou dos meus pensamentos e me puxou para um selinho. – Eu te procurei por toda a casa!

– Só estava pensando um pouco, eu gosto de ficar sozinha as vezes. – Me acomodei melhor no puff que eu estava na área externa, eu amava ficar ali e sentir o sol, eram os meus momentos de paz na casa.

– Não vejo a hora de sair daqui, sabia? A primeira coisa que eu quero fazer é ir a uma praia, pegar um sol de verdade... – Ela tragou o seu cigarro e soltou a fumaça, se ela soubesse o quanto eu odiava isso. – Com um belo homem do meu lado seria melhor ainda.

– Não entendo porque você precisa de um homem para tudo, estar sozinha é melhor ainda! Mulheres não precisam disso, amore. – Eu me irritava com as mulheres italianas que sempre precisavam colocar um homem no meio do assunto, como se precisássemos deles. – Ultimamente eu me divirto bem mais sem eles.

– Então você se diverte com outras mulheres? – Ela soltou maliciosamente com uma risada e eu revirei os olhos, ainda bem que eu estou de óculos escuros.

– Sim, por que não? – Dei de ombros.

– Não Dayane! Vai me dizer que você já... – Ela deixou subentendido e eu entendi perfeitamente.

Minha mente viajou para a minha noite com Adua, suas mãos quentes passando por todo o meu corpo, a respiração intensa em meu ouvido e o seu jeito dominador como eu gostava... senti o calor crescendo entre as minhas pernas só de lembrar e sacudi a minha cabeça numa tentativa desesperada de afastar os pensamentos que eu tentava expulsar de mim todos os dias.

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