11. Perdono

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Vocês votaram lá no twitter e aqui estou... Foi praticamente uma atualização dupla. Estamos começando, com esse capítulo de hoje, a segunda fase da fanfic. Eu dividi basicamente em três fases, o que significa que estamos nos aproximando da reta final, então aproveitem bastante cada capítulo. Agora, sem mais enrolações...

Aproveitem a leitura!

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Dayane Mello

Esses dias tem sido um verdadeiro inferno. Rosalinda não parecia disposta a ceder por nada, nesse meio tempo de uma semana eu já mudei de ideia mil vezes do que fazer sobre a nossa situação, às vezes eu tentava ao máximo correr atrás dela e até a puxava para um abraço que ela correspondia com a uma frieza cortante. Às vezes eu desistia completamente dela e passávamos o dia sem trocar um mísero olhar, não era difícil ficarmos longe agora, já que Rosalinda fez questão de mudar de quarto, e o que parecia que seria apenas um dia ou dois de birra dela, se tornou uma semana e não parecia que iria acabar. Eu nem acredito que ela deixou de dormir comigo. Era essa parte que me deixava com mais raiva, ela podia fazer tudo... eu queria que ela gritasse, queria que ela esperneasse e me xingasse de qualquer nome que viesse em sua cabeça, mas ela escolheu a única forma que poderia me magoar completamente, ela me abandonou.

A única coisa boa que esse afastamento trouxe, foi Samantha. A mulher que dormia na cama ao lado, aos poucos foi se mostrando uma pessoa e incrível e ficou cada vez mais próxima de mim, virando uma verdadeira mãe naquela casa e me acolhendo de uma forma que eu não imaginei que seria acolhida novamente. Passávamos horas conversando sobre meus sentimentos, e se tinha alguém que compreendia o que eu estava sentindo agora, era ela. Com a sua voz calma, e uma sabedoria que eu não sabia que era possível alguém possuir, ela me aconselhava perfeitamente e conseguia manter minha mente menos agitada para passar por tudo isso com uma tranquilidade maior. Ao mesmo tempo que ela fazia tudo isso por mim, ela também se aproximava cada vez mais de Rosalinda, e eu percebia que as conversas das duas tinham um tópico principal que me interessava bastante... a nossa relação. Tudo isso me deixava ainda mais feliz com Samantha, ela tentava de tudo para que Rosalinda me olhasse e interagisse comigo o máximo possível, e eram nessas tentativas que a siciliana parecia derreter um pouco e ficava mais próxima de mim, mesmo que não fosse a mesma coisa.

– Ela só precisa do tempo dela, você tem que entender... – Samantha dizia com toda paciência que só ela tinha comigo para que eu conseguisse compreender o que ela estava tentando passar, mas confesso que às vezes era impossível com toda a agonia que eu tinha dentro de mim. – O jeito que ela fala de você, Dayane, é um jeito que eu nunca vi uma pessoa falar de outra, entende? Não pense que ela não te ama, você estaria sendo injusta.

– Ela não me ama, Sam. – Me encostei na cabeceira da cama e passei a mão pelo meu rosto, eu ficava ansiosa só em mencionar essa palavra... amor. Esse sentimento só vinha me trazendo preocupações que eu não possuía antes. – Se ela me amasse, ela estaria aqui agora.

– Você não pode esquecer do que fez. – A mulher endureceu um pouco o tom. – Você sabe porque ela está magoada, e sabe muito bem que ela tem os motivos dela. Do mesmo jeito que você tem os seus motivos para estar magoada também, mas você tem que entendê-la.

– Ela está seguindo o percurso dela e eu estou seguindo o meu. Sabemos que ela tem a certeza dela lá fora... – Dei de ombros tentando parecer indiferente, mesmo que a dor em minha voz mostrasse completamente o contrário.

– Você é tão teimosa... – Samantha disse sem disfarçar um sorriso e revirando os olhos. – As duas são. Dramáticas também.

Não tive tempo para retrucar, porque aparentemente Rosalinda conseguia sentir quando estavam falando dela e aparecia magicamente. Ela puxou Samantha para um abraço que não demorou tanto e sussurrou algo em seu ouvido, uma parte de mim esperava que ela parasse um pouquinho para me abraçar ou falar comigo qualquer coisa, eu já não aguentava mais aquela maldita distância.

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