I tuoi dolci occhi

5. Gelosa

Olá!!! Como vocês estão? Já peço desculpas pela demora, eu estou com algumas coisas na faculdade que estão tomando bastante meu tempo. Já vou adiantar uma coisa: recomendo que vocês afivelem os cintos porque as emoções serão fortíssimas nesse e no próximo capítulo, por isso eu já vou atualizar amanhã mesmo para vocês não ficarem tão ansiosas com a continuação. Agora sem enrolações...

Aproveitem a leitura!

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Dayane Mello

Depois da nossa discussão no banheiro, eu pude refletir sobre muitas coisas... era óbvio que eu sentia algo por Adua, eu conseguia enxergar esse sentimento em mim como um outdoor gigante em neon no meio de um deserto. Mas eu conseguia enxergar com a mesma facilidade que não era recíproco. A italiana que tirava completamente o meu juízo já tinha dado o seu coração a outro alguém, e eu sabia que ele não merecia um sentimento tão bonito vindo dela, mas eu não poderia me colocar no lugar de vilã, não poderia manchar minha imagem para toda a sociedade italiana conservadora destruindo um relacionamento de 10 anos. Então, novamente, o melhor seria me afastar.

O que era muito difícil quando você recebia uma bolinha de Natal com seu nome, e colocava junto a bolinha dela e quando ela fazia questão de fazer ovos mexidos do jeito que eu mais gostava. Por isso que Sonia facilitava tanto isso, ela estava ali sempre... isso não queria dizer que eu amava todos os seus assuntos e que a companhia dela era a melhor do mundo, de jeito nenhum! Mas ela estava ali, ela não tinha um relacionamento longo e uma bagagem imensa e um coração que eu não conseguia entrar, ela não era Adua, e isso já bastava para mim.

– Eu realmente estou interessada em Mário... – Ela falava muito sobre ele ultimamente, agora estávamos na sala, perto da lavatrice e ela o observava de longe interagindo com os outros meninos. – Ele às vezes parece que quer e as vezes não, você sabe se ele está interessado em outra?

– Você tem que perguntar a ele, eu já disse. Não adianta apenas ficar admirando de longe e não tomar uma atitude, à distância a gente não conquista ninguém. – Eu realmente não tinha paciência para esse tipo de drama, se você quer estar com alguém que está bem ali, vá até a pessoa! Que hipocrisia, Dayane Mello.

– Eu vou tomar uma atitude! Só estou estudando o terreno primeiro... – Ela continuava encarando Mário como se fosse uma presa prestes a ser atacada. – Mas, vamos falar de você agora... além da voz do confessionário, quem está despertando o interesse de Dayane Mello?

– Você sabe que meu coração está fechado. – Menti descaradamente. Bem, não era uma mentira completa... ele estava em processo de fechamento.

– Dayane, vamos lá! Não é possível que não tenha ninguém aqui que chame um pouco a sua atenção, tantos homens interessantes... Desde que não seja Mário, eu apoio. – Sonia continuava insistindo.

Olhei ao redor, eu sabia que se não desse uma resposta ela não se daria por satisfeita, então eu precisava arrumar um homem para me interessar naquele instante. Eu já poderia prever esse diálogo passando na próxima puntata. Zenga estava conversando com Mario e bem... era a única coisa disponível agora, serviria por enquanto.

– Zenga. – Disse sem a mínima animação.

– Zenga? Você nunca disse nada sobre ele... O que passa por essa cabecinha em? – Ela soltou uma gargalhada.

– Você não faz nem ideia... – Eu observava Rosalinda se aproximando dos meninos e sendo envolvida por um abraço, ela estava tão linda de jeans e suéter...

Sonia continuou a falar sobre jogo e trivialidades da casa, mas eu só tinha olhos para a italiana de olhos verdes que estava conversando animadamente com seu grupo do outro lado da sala, era incrível como somos unidas no jogo, mas não ficávamos nem metade do dia juntas. Tínhamos nosso jeito estranho de lidar uma com a outra, como se fôssemos fogo e pólvora, que se atraiam tanto, mas que explodiriam com qualquer mínimo contato.