10. Drama

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Olá, como vocês estão? Quem me pediu por capítulos maiores com certeza vai ficar feliz com o tamanho desse e dos próximos. Pelo nome do capítulo vcs já imaginam o que vem por aí né? Mas relaxem que Rosmello faz a gente sofrer mas não decepciona nunca. Peço desculpas pelo atraso, eu disse no twitter que ia postar hoje a tarde, mas infelizmente não deu porque tive uns compromissos de última hora.
Então, se vocês quiserem ouvir alguma música enquanto leem, eu recomendo 505 – Arctic Monkeys durante todo o capítulo, foi o que eu ouvi enquanto estava fazendo a revisão. Agora sem mais enrolações...

Aproveitem a leitura!

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Dayane Mello

Eu e Rosalinda estávamos cada vez mais distantes, e eu sentia a cada dia que passava essa distância nos matando lentamente, como a tortura mais cruel que poderiam fazer-me passar. Os nossos olhares por vezes se esbarravam e agora era fácil de ler o que estava estampado em seus belos olhos verdes: dor. Eu queria correr para os seus braços, me ajoelhar em seus pés e pedir perdão por ter me afastado, por ter dito tudo que eu disse a Sonia, eu diria que bastava para mim a sua amizade e que não me importava mais se ela ficasse com Giuliano, com Mario, com qualquer pessoa que fosse desde que ela estivesse feliz... desde que ela me escolhesse de vez em quando.

Mas eu sou orgulhosa demais para isso.

O vazio em nossa cama não era preenchido nem com a nossa presença, o espaço do meio que antigamente era ocupado pelo nosso abraço, agora estava ali como a marca da nossa ausência, e nesses momentos eu rezava em silêncio desejando nunca ter conhecido a bela siciliana que me causava coisas que eu nunca pensei sentir por alguém.

– Olhe onde ela está... – Sonia, como sempre, vigiava todos os passos de Adua e sempre fazia questão de destilar algum veneno. – Com seus novos amigos, Day. Vê como ela te substituiu fácil?

Apenas assenti e me mantive em silêncio, eu não queria acreditar em nada do que Sonia dizia, uma parte de mim, a maior de todas, lutava contra sentimentos ruins e lembrava constantemente dos meus momentos com Adua, dos nossos carinhos e das palavras lindas que ela sempre me dizia. Mas existia outra parte... e essa gritava, esperneava como uma criança birrenta que ela estava mais feliz sem mim, que eu era apenas uma peça substituível em sua vida, que ela voltaria para os braços de Giuliano, ou talvez, já tivesse substituído até mesmo Giuliano por Mario.

– Temos que nos arrumar para a puntata... Estás com medo? – Perguntei tentando desviar do assunto Adua.

– Não tanto, tenho certeza que vou ficar! Eu não fiz nada para ser eliminada. – Ela deu de ombros.

– Também acho que você fica, e eu realmente quero que fique. Você é a minha única companhia aqui. – Segurei em sua mão.

– Dayane, você não precisa se preocupar com isso, eu tenho que continuar aqui para abrir os seus olhos. – Sonia me puxou para um abraço e eu fechei meus olhos tentando sentir pelo menos um terço do que eu sentia quando abraçava a minha Rosalinda.

E não vinha nada...

Talvez fosse o meu destino sentir a sua falta pelo resto da vida.

Rosalinda Cannavò

Cada dia que eu passava sem Dayane era como viver um enorme vazio, não há como dizer o contrário. Os dias eram intermináveis e eu não tinha um segundo sequer de paz em minha cabeça, a casa parecia muito pequena agora e eu constantemente era obrigada a esbarrar com Sonia e Dayane pelos cômodos, a segunda sequer me olhava e sempre arrumava um jeito de fugir de mim, era perceptível que ela queria tudo menos a minha companhia. Já eu estava louca para tê-la novamente. O que realmente parecia impossível agora, já que ela aparentava realmente estar seguindo a risca seu discurso de dias anteriores de "dar um tempo", tempo esse que eu amaldiçoava sempre, odiava ter nem que seja um segundo longe dela, minha vontade era apenas de estar com ela, mas enquanto a cobra da Sonia continuar nessa casa, eu sei que essa vontade será impossível de ser realizada.

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