21. Parole non dette

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Olá!! Como vocês estão? Eu sei que eu demorei a voltar, mas esses dias foram cheios demais e eu não consegui adiantar os capítulos, não se preocupem que agora eu acho que estou conseguindo colocar as coisas em ordem de novo para não atrasar assim. Em compensação o capítulo está enorme, então vocês vão ficar bem alimentadas, a montanha-russa está começando a subir beeeem lentamente, mas vocês já vão perceber algumas melhoras. Agora, sem mais enrolações pq sei que vocês estão loucas pelo capítulo...

Aproveitem a leitura!

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Dayane Mello

A minha cabeça estava em colapso. Um dia eu tinha a vida perfeita, estava sonhando com uma vida inteira fora dessa maldita casa, sem viver mais em um jogo onde todos parecem interpretar papéis e preferem passar meses sendo falsos ao invés de se mostrarem de verdade, eu entrei no Grande Fratello pensando que seria apenas mais uma experiência qualquer que me traria dinheiro e talvez mais reconhecimento na mídia, mas o programa virou a minha vida do avesso. Eu pensei por alguns momentos de completa inocência, que eu tinha encontrado uma felicidade duradoura ali, que depois de ter desistido de relacionamentos e do amor, que apenas o amor da minha filha seria o suficiente para mim e que seria o único que seria para sempre, eu havia encontrado alguém para compartilhar a vida comigo. Eu não poderia estar mais enganada, tudo que eu construí foi aos poucos desmoronando e agora eu assistia a mulher que eu me entreguei por inteiro durante esse tempo, abraçada e expondo uma intimidade que nunca tivemos a coragem de mostrar assim para o público.

Em poucos dias o relacionamento de Rosalinda e Zenga não parecia mais tão falso, eu sentia que ela estava atuando quando eu via o seu olhar triste me procurando nos momentos que ela despertava do seu teatro, eu quase a sentia desabar completamente nos poucos abraços que demos nesses dias. Quando eu lembrava que não fazia muito tempo que ela estava em meus braços, que o sabor do seu beijo já tinha virado familiar para mim, que eu senti um pouco do que era ser amada por essa mulher, essas lembranças eram como facadas em meu peito. Eu sentia múltiplas perdas ao mesmo tempo, perder o meu irmão e o amor da minha vida em um pequeno intervalo estava me destruindo completamente e eu sentia isso cada vez mais.

– É muito estranho te ver tão calada assim. – Giulia sentou em meu colo e eu a abracei, em meio a toda essa confusão que minha vida estava, pelo menos eu poderia dizer que encontrei uma grande amiga. – Podemos começar a nos maquiar para a festa, se você quiser, qualquer coisa para colocar um sorriso no seu rosto.

– Acho que eu preciso de um tempo em silêncio... É bom colocar os meus pensamentos no lugar. – Soltei um suspiro cansado, eu sabia que precisava me reerguer, eu tinha que pensar que a minha filha me assistia e que meu dever é ser forte por ela.

– Não, não, não! – Ela levantou bruscamente e me puxou pela mão. – Eu estou cansada de te ver calada com essa cara de desânimo pelos cantos, e eu sei bem o motivo. – Giulia olhou em direção ao novo casal. – Nós vamos aproveitar a festa, vamos falar com todo mundo, qualquer coisa para que você não fique assim, não mostre que isso te abala.

– Não é só isso... Tem o meu irmão também. – As lágrimas já estavam inundando o canto dos meus olhos, deixando a minha visão embaçada, eu estava tão cansada de tudo aquilo. – Eu não sei se quero continuar aqui.

– Day... – Ela me puxou para um abraço e me deu alguns beijos no topo da cabeça. – Lembra que eu disse que seria uma ótima amiga para você? Então, como sua amiga eu não posso deixar que você fique assim. Eu te conheço há muito tempo, Dayane Mello, eu sei muito bem que você é uma das pessoas mais fortes que eu já conheci e você vai passar por tudo isso.

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