Se a primeira vez a gente nunca esquece, a primeira vez com Christian Grey então...
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— Vamos?
Levo-a até o elevador, digito o número no painel para a porta se abrir. No elevador, completamente revestido de espelhos, posso vê-la por todos os ângulos e em duplicatas. É uma linda visão. Digito o outro código e começamos a descer.
Ao chegarmos ao vestíbulo totalmente branco, reparo que ela fica observando o ambiente e detém-se especialmente na mesa redonda de madeira escura, o buquê de flores brancas e os quadros da parede. Gosto da entrada receptiva com flores e exijo que Gail conserve e as mantenha sempre frescas e viçosas. Abro a porta dupla, e atravessamos o amplo corredor que nos leva até a entrada da sala. Escolhi uma decoração moderna, clean, onde imperam o branco, o aço inoxidável e as paredes de vidro que me proporcionam uma excelente vista da cidade.
A lareira está acesa com um fogo brando, bem diferente do fogo ardente que queima minhas estranhas. Ela está boquiaberta com a imponência do apartamento e eu entendo que esteja assim. —Vá se acostumando ao mundo de Christian Grey, minha convidada de honra!
Noto que ela observa a área da cozinha com as bancadas de madeira escura, o bar preparado para seis pessoas, a mesa de jantar e suas dezesseis cadeiras. Quando ela avista o meu piano negro vejo que há encantamento em seu olhar. —Sim, minha cara, também tenho um lado sensível, mesmo que seja em poucos momentos musicais.
O som do piano me acalma, tocá-lo é... libertador. Digo:
— Quer tirar a jaqueta?
Ela nega com a cabeça, deve estar com frio por causa do pouso do helicóptero ou está se protegendo, talvez de mim.
— Quer beber alguma coisa? — Pergunto-lhe.
Ela pisca estranhamente. Talvez tenha medo de beber por causa da noite anterior.
— Vou tomar uma taça de vinho branco. Você quer uma?
— Sim, obrigada. — Percebo o quanto ela esta incomodada e fico buscando uma forma de deixá-la mais à vontade.
Ela se aproxima da parede de vidro e observa a linda visão de Seattle, que a esta hora, está totalmente iluminada. Ao retornar lentamente para a cozinha me encontra tirando o paletó. Enquanto abro a garrafa de vinho vou me deliciando com a linda visão dela vindo em minha direção. —Que espetáculo, Srta. Steele!
— Pouily Fumei é do seu agrado?
— Não tenho a menor ideia sobre vinhos, Christian. Estou certa de que será perfeito.
— Tome, é muito bom! — Ela está tensa, falando com a voz entrecortada. Compreendo que meu universo seja muito diferente do dela e que esteja, de certa forma, se adaptando ao ambiente. Ela toma um gole e observa as taças de cristais grossos, luxuosos e modernos. O vinho está gelado e é fresco, leve e delicioso. Mas permanece em silêncio... isto me preocupa.
— Você está muito quieta e nem mesmo está corada. A verdade é que acredito que nunca te vi tão pálida, Anastasia. — Murmuro. — Está com fome?
Ela nega com a cabeça e, finalmente, responde:
— Que casa tão grande.
— Grande?
— Grande. — Ah, como eu suspeitava, está intimidada com o apartamento. Divirto-me com o comentário e admito.
— É grande sim.
Ela toma outro gole do vinho.
— Sabe tocar? — Ela aponta para o piano.
— Sim.
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50 Tons, Por Christian Grey (Completa)
FanficA história, os personagens, os diálogos são todos da E.L. James e repetidos aqui. Esta versão foi contada por Christian Grey, mas só para mim-hahaha. Ouso desafiá-lo e repasso para vocês o que ele me conta sobre esta trilogia que tanto amamos. Sabem...