Capítulo 7: A primeira vez.

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Se a primeira vez a gente nunca esquece, a primeira vez com Christian Grey então...

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— Vamos?

Levo-a até  o elevador, digito o número no painel para a porta se abrir. No elevador, completamente revestido de espelhos, posso vê-la por todos os ângulos e em duplicatas. É uma linda visão. Digito o outro código e começamos a descer.

Ao chegarmos ao vestíbulo totalmente branco, reparo que ela fica observando o ambiente e detém-se especialmente na mesa redonda de madeira escura, o buquê de flores brancas e os quadros da parede. Gosto da entrada receptiva com flores e exijo que Gail conserve e as mantenha sempre frescas e viçosas. Abro a porta dupla, e atravessamos o amplo corredor que nos leva até a entrada da sala. Escolhi uma decoração moderna, clean, onde imperam o branco, o aço inoxidável e as paredes de vidro que me proporcionam uma excelente vista da cidade.

A lareira está acesa com um fogo brando, bem diferente do fogo ardente que queima minhas estranhas. Ela está boquiaberta com a imponência do apartamento e eu entendo que esteja assim.  —Vá se acostumando ao mundo de Christian Grey, minha convidada de honra!

Noto que ela observa a área da cozinha com as bancadas de madeira escura, o bar preparado para seis pessoas, a mesa de jantar e suas dezesseis cadeiras. Quando ela avista o meu piano negro vejo que há encantamento em seu olhar. —Sim, minha cara, também tenho um lado sensível, mesmo que seja em poucos momentos musicais.

O som do piano me acalma, tocá-lo é... libertador.  Digo:

— Quer tirar a jaqueta?

Ela nega com a cabeça, deve estar com frio por causa do pouso do helicóptero ou está se protegendo, talvez de mim.

— Quer beber alguma coisa? — Pergunto-lhe.

Ela pisca estranhamente. Talvez tenha medo de beber por causa da noite anterior.

— Vou tomar uma taça de vinho branco. Você quer uma?

— Sim, obrigada. — Percebo o quanto ela esta incomodada e fico buscando uma forma de deixá-la mais à vontade.

Ela se aproxima da parede de vidro e observa a linda visão de Seattle, que a esta hora, está totalmente iluminada. Ao retornar lentamente para a cozinha me encontra tirando o paletó. Enquanto  abro a garrafa de vinho vou me deliciando com a linda visão dela vindo em minha direção. —Que espetáculo, Srta. Steele!

— Pouily Fumei é do seu agrado?

— Não tenho a menor ideia sobre vinhos, Christian. Estou certa de que será perfeito.

— Tome, é muito bom! — Ela está tensa, falando com a voz entrecortada. Compreendo que meu universo seja muito diferente do dela e que esteja, de certa forma, se adaptando ao ambiente. Ela toma um gole e observa as taças de cristais grossos, luxuosos e modernos. O vinho está gelado e é fresco, leve e delicioso. Mas permanece em silêncio... isto me preocupa.

— Você está muito quieta e nem mesmo está corada. A verdade é que acredito que nunca te vi tão pálida, Anastasia. — Murmuro. — Está com fome?

Ela nega com a cabeça e, finalmente, responde:

— Que casa tão grande.

— Grande?

— Grande. — Ah, como eu suspeitava, está intimidada com o apartamento. Divirto-me com o comentário e admito.

— É grande sim.

Ela toma outro gole do vinho.

— Sabe tocar? — Ela aponta para o piano.

— Sim.

50 Tons, Por Christian Grey (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora