【Hermione Granger - I almost】

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Interações: Hermione X Leitora

Pronome: Feminino 

Tema: Drama

Confusa, cansada e amarga, S/n permaneceu olhando para o nada

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Confusa, cansada e amarga, S/n permaneceu olhando para o nada.

O lugar era escuro e silencioso, não havia móveis nem janelas, somente uma porta dupla logo à sua frente. Era impossível ver a textura das paredes, mas S/n podia sentir a do chão em que estava sentada. Nem o vento se dignava a dar as caras.

Mesmo no completo escuro, S/n ainda sentiu a necessidade de mais. Talvez a vergonha e a mágoa fossem demais para ela querer enxergá-los. Assim, deitou seu rosto nos joelhos e o escondeu com os braços.

Um nó permanecia, não só na garganta, como no peito. A todo momento, S/n ordenava à mente a esquecer, mas a dor só aumentava, deixando seus olhos ainda mais brilhantes pela água que irrompia sem permissão.

Pensava na garota mais inteligente de sua geração. Lembrava de seus cabelos armados, a expressão emburrada, o perfeccionismo exagerado, o conhecimento avançado e os sorrisos sem jeito.

Aquilo doía, mas sua dor não era por ela, mas, sim, pela falta dela.

Ao seu lado, uma escrivaninha de madeira escura surgiu sem ela pedir.

Será que era disso que ela precisava? Deveria fazer?

Ergueu-se do chão.

Uma pequena vela iluminava os objetos próximos. Uma pena, um pergaminho, um frasco de tinta preta e um relógio que marcava cinco horas.

Devia estar quase amanhecendo. Mas o que adiantaria? Ela não conseguia dormir. S/n pensou se Hermione iria gostar de saber disso.

A garota segurou a pena, mas seu aperto era fraco. Levou-a até a tinta e mergulhou, porém, a coragem não chegou e as palavras não se formaram no pergaminho, somente um borrão causado por uma gota de tinta.

S/n queria seguir e escrever, jogar tudo no papel. Lembrou do beijo de Hermione e conseguiu sentir o gosto de hortelã.

Aos poucos, recordava de tudo que nem mesmo entendia.

Ela encostou sua testa na mesa, sentindo os olhos marejarem. Estava com tanto ódio e saudade que queria gritar. Sentia-se uma idiota.

S/n se encontrava cada vez mais irritada com sua própria tristeza. Odiava sentir aquilo. Odiava ter confiado. Odiava ter ido em frente quando era para voltar.

Querendo esconder-se novamente, ela voltou ao chão, apertando o punho contra o móvel.

_ Droga, droga, droga! - De olhos cerrados, socou repetidas vezes a madeira.

A mesa balançou violentamente e a tinta despencou, sujando o chão. Pouco a pouco, a mancha preta clareou, assim como toda a sala. Ao lado da garota, uma enorme janela se formara e a luz da Lua invadiu o lugar. As cortinas grandes e pesadas ondulavam pelo vento forte mas agradável.

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