Compilado de histórias curtas (imagines), 99% escritas por mim e as que forem traduções terão os devidos créditos. Aqui terá romance com você, leitora(or), sendo a personagem principal e tendo seus personagens fictícios favoritos como par romântico...
Desculpem por demorar tanto com as atualizações dos imagines, eu tava (e ainda tô) estressada e ansiosa com a escola e com o trabalho. Agora tô tentando equilibrar algumas coisas na minha rotina.
Capítulo não revisado!
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_ Eu preciso de uma amiga tranquila. Preciso de alguém que possa me ouvir. [A fumaça tóxica do cigarro escapou, subindo lentamente e se espalhando pelo teto enquanto sua voz repercutia, rouca e grave. Escorado no sofá escuro, quase completamente deitado, Kurt virou-se para ela. Toda sua profundidade estava marcada em seu olhar.] Acho que é o seu caso. Eu acho, mas você já sabe disso.
_ Kurt-
_ Tudo bem. [Voltou sua atenção ao cigarro, dando outra longa tragada.] Eu espero. Já agendei hora. [Riu sem humor.]
Com um leve sorriso no canto da boca, S/N se esticou - ainda sentada de frente pro sofá - e pegou o cigarro, arrancando dentre os dedos do cantor e o deixando com a boca entreaberta, escondendo um sorriso confuso. De uma das gavetas próximas, ela tirou um enrolado de papel amarelado, ouvindo uma risada gostosa de Kurt, que se mexeu no sofá.
_ Doutora...!
S/N estendeu o beque de m4conha a ele, jogando o cigarro fora no lixo ao lado.
_ Muito melhor do que esse veneno – Desdenhou.
Vendo Kurt apalpar os bolsos, ela tirou um isqueiro do seu. Com o enrolado preso entre os lábios finos, ele se inclinou na direção dela, que acendeu rapidamente.
Era trabalho dela cuidar de Kurt, ouvi-lo, tratar seu psicológico, conversar com ele, entender suas emoções e pensamentos mais profundos. S/N era sua psiquiatra. Entre cigarro e maconha, a planta era melhor, afinal, mudar o foco dele das drogas pesadas era um dos objetivos, começando pelo cigarro.
_ Sobre o que disse antes, eu im-
_ Escrevi uma música. [Interrompeu, estendendo o beque a ela.]
S/N respirou fundo, pegando o objeto e se escorando no estofado da poltrona.
_ Sim? Fala sobre...?
_ Você.
Ela soltou a fumaça, quase fechando os olhos. Kurt viu seu rosto s/p se misturar às nuvens brancas, os círculos de fumaça que a emolduravam; entre elas, seus olhos pareciam etéreos, fantasmas. Kurt pensou na música 'stairway to heaven'. Ela parou de soprar e as nuvens foram se dissipando, então ele percebeu que S/N tinha falado algo.
_ O quê?
_ "Canta então. Eu gostaria de ouvir." [Repetiu, sem tirar nem pôr.]
Kurt permaneceu em silêncio por um tempo, somente a olhando sem a olhar de verdade. Estava longe dali. A m4conh4 estava na sua mão e ele nem ao menos tinha percebido isso até então. Enfim, soltou uma risada abafada, dando outra tragada.
