【The Volturi - Hate To Feel²】

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Pedido por biancasouzaantunes;

Interações: Caius Volturi X Leitora;

Tema: Romance;

Pergunta aberta às discussões: Vocês preferem as histórias com pronome neutro?

OBS.: A primeira parte possuía uma linguagem formal e antiga, já esta está mais adequada à linguagem atual.

Eu ia fazer pronome neutro, mas aí fui escrevendo, acabei esquecendo e tô com preguiça de revisar.

NÃO REVISADO!! Se tiver algum erro, sinto muito.

Sinto o ar entrando pelas minhas narinas, arranhando meu interior, arrastando-se até os pulmões mortos, duros como pedras, gelados como gelo

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Sinto o ar entrando pelas minhas narinas, arranhando meu interior, arrastando-se até os pulmões mortos, duros como pedras, gelados como gelo. Expiro e o ar sai, seguindo pelo mesmo caminho. Era para sair quente, mas parece mais frio que antes.

Pisco os olhos, mas eles não lubrificam, não há lágrimas para deixá-los úmidos.

Eu posso ver... Posso ver o teto branco, o vidro da janela, as folhas balançando do lado de fora, a aranha fazendo sua teia, as peças de metal sobre a mesa, a caixa de vidro com um bicho-pau estático, o espelho coberto com um tecido escuro...

Mas não quero ver.

Fecho os olhos. Ainda vejo. A luz brinca comigo, iluminando o escuro sob minhas pálpebras, me fazendo ver vultos mesmo de olhos fechados.

Sinto meus dedos se esfregando um no outro, a pele fria, o gosto doce do veneno, os lábios se encostando, o peito subindo e descendo, os cabelos se enredando, o cheiro de vários vampiros juntos na sala abaixo, o coração inutilizado dentro do peito, a última refeição circulando no meu estômago...

Mas não quero sentir.

Respiro fundo, mas o ato só me tortura mais.

Queria poder dormir, preciso descansar... descartar as lembranças dolorosas, me perder no universo irreal dos sonhos, recarregar meu corpo, sentir meus olhos pesados, acordar com a boca seca e ir tomar água, depois voltar a dormir e começar um novo sonho. Acordar disposta mentalmente.

Meu corpo diz que sou capaz de erguer um caminhão, mas minha mente sussurra que eu não deveria nem sair da cama.

_ S/n, Stefan e Vladimir estão aqui! - Mesmo com a altura natural de sua voz, ainda consigo escutar Carlisle na sala.

Forço-me a levantar. Sem qualquer objetivo específico, olho pela janela e vejo, sentindo uma dor no peito, a neve quase completamente presa no chão. Acompanhando a leveza da minha respiração, quase vejo olhos vermelhos na neve.

Os olhos que deixei há tantos anos.

"Não sei o que os caminhos da vida nos reservam, mas..."

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