Compilado de histórias curtas (imagines), 99% escritas por mim e as que forem traduções terão os devidos créditos. Aqui terá romance com você, leitora(or), sendo a personagem principal e tendo seus personagens fictícios favoritos como par romântico...
Aconselho a ler o imagine ouvindo a música da mídia (O Psicopata - K a m a i t a c h i).
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Cinco curtas badaladas, sem intervalo.
Para.
E novamente, mais cinco badaladas.
Abro os olhos. Estou no mesmo quarto, olhando para o mesmo tempo azul intenso - que, para mim, tem um aspecto cinza, como todas as coisas.
Olho o relógio.
Cinco horas. Primeira tarefa concluída.
Levanto-me. Segunda tarefa.
Enquanto faço tudo que preciso fazer, estou no automático. Tudo segue o mesmo curso, sem qualquer mudança. As coisas estão no mesmo lugar, as tarefas são iguais, o percurso é o mesmo, a pessoa que o faz é a mesma, com os mesmos pensamentos.
Ignoro-os.
Seis horas.
Tomo café. Está doce, me dou os parabéns. Dois tapinhas nas costas já são o suficiente. Quem no salão principal vê, não entende.
Cantarolo uma música de ninar, mas não sinto mais sono.
— Está querendo nos fazer dormir, S/s?
Como todos os dias, encaro os cabelos negros de Anthony, tão escuros que o final de um fio e o começo de outro perdem-se entre si, flertando em uma mistura terrível, tão homogênia que faz meu sangue ferver.
Tomo outro gole do café, mas ele não está quente o suficiente.
Nove horas.
As aulas começam.
Três horas.
Ando pelos corredores e meus passos nem ao menos ecoam, silenciosos como uma cobra rastejando. Mas outros passos atrás de mim o fazem, cuidadosos, mas ainda barulhentos. Os estampidos bombeiam em meus ouvidos.
Ignoro-os.
Meu sangue ainda ferve e não tenho mais o gosto do café nos lábios.
Os cabelos de Anthony ainda estão gravados por dentro das minhas pálpebras e os vejo sempre que pisco os olhos.
