【Rosalie Hale - Ele não】

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Interações: Rosalie X Leitor

Pronome: Masculino - Ele/Dele

Tema: Término

Enterrado debaixo dos cobertores, lá estava ele, revirando-se na cama macia com um belo sorriso no rosto

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Enterrado debaixo dos cobertores, lá estava ele, revirando-se na cama macia com um belo sorriso no rosto. Rosalie podia vê-lo ali, e que bonito era! Sempre foi.

Pena que ele não a queria mais.

Mesmo assim ela o via todos os dias na sua cama. Ou imaginava. Desejava.

E como ansiava.

Lembra dos beijos molhados no pescoço e suspirava. Deliciava-se com o calor do hálito quente atrás de sua orelha, soprando o perfume doce de sua língua úmida. E quando ela tocava a sua... Era pura perfeição.

Chovendo lá fora, até mesmo o fantasma de S/N o ignorava, nem ele aguentava a saudade da Hale. Saudade dele em sua cama, aprontando e rindo como sempre fazia, a atormentando e testando se ela tinha cócegas, se erguendo e beijando-a, revirando-se de um lado para o outro tentando dormir, roncando alto, dormindo de boca aberta. Rosalie ria, mas como sentia falta daquilo, daquela imagem ao seu lado, principalmente quando acordava no dia seguinte e lhe era contado a forma esquisita que dormia, ficando corado de vergonha. Ele odiava dormir com ela por conta disso.

Mas o que Rosalie poderia fazer?

Qualquer barulho, qualquer cheiro de sangue, era uma nova esperança dele subindo e voltando para seus braços, desejando vê-la também.

Mas não. Ele não a queria.

Abrindo seu contato no telefone, o viu sem foto. Ele a havia bloqueado. Estava certo, afinal. Contudo, aquele quarto frio era tão tedioso sem ele no mesmo espaço.

Era como Julieta e Romeu, quando o veneno circulava seu sangue e ela parecia morta, quando ele a viu deitada e pálida como um cadáver, sem pulsação. Era como a morte de S/N.

Mas não era tão ruim. Agora finalmente ele poderia ter uma vida inteira. Setenta anos de felicidade, filhos, cercas ao redor da casa, uma companheira ao seu lado e cabelos brancos.

Não... Por que ela ainda tentava se enganar? Aquilo doía demais, mais do que sua transformação, mais que qualquer coisa.

O quarto estava vazio, tirando Rosalie. Apenas ela.

Por que ele não voltava mais? Saiu pela porta e a deixou para trás.

— Oi, esquentadinha. Sentiu minha falta hoje?

Rosalie, parada no meio do quarto, virou-se para ver o vulto do homem entrar no quarto com um lindo sorriso atrevido.

Esquentadinha era o nome que S/N a chamava sempre que queria provocá-la um pouco, dizia ser a definição mais que perfeita para ela.

"É sua cara", dizia ele.

"E 'idiota' é a sua", respondia ela.

— Ah, é mesmo, meu amor? — Murmurou, se aproximando e arrastando-se até estar atrás da mulher, colando seus corpos. Rosalie sentia o calor de seu sangue tentando instantaneamente esquentá-la, mas jamais conseguiu por completo — Eu sei o quanto me ama, não importa quantas vezes tente mostrar que não.

Rosalie, então, se virou, encarando-o de frente.

— Eu nunca tentei fazer isso. Eu sei que te amo.

S/N sorriu.

— Essa foi a coisa mais romântica que você já disse.

— Não se acostume — Respondeu com um sorriso.

Rosalie lembrava daquilo. Lembrava de todas aquelas vezes que ele chegou da faculdade, abraçando e beijando, irritando e provocando. Hale podia reclamar o quanto quisesse na ocasião, mas sempre amou a forma como ele a tratava, cheio de amor e intimidade.

Ela se sentia acolhida, amada, protegida. Mesmo ele sendo o que era e ela, vampira, Rosalie se sentia segura. Apenas seu abraço lhe dava aquela sensação perfeita de paz. Só com ele.

— Senti saudades, sabia? — S/N indagou, juntando seus lábios em um beijo ligeiramente afobado, guiando a mulher em direção à cama.

— Eu– — S/N lhe interrompeu com um beijo, puxando seu lábio inferior com os dentes — Eu também...

Sorrindo, ele não pôde deixar de expor sua satisfação com sua reação.

— Que bom.

Ela lembrava.

Lembrava da forma como ele a conduzia à cama. Lembrava quando ele a deixava ali, espalhando seu corpo pelos lençóis brancos, deitando os fios de cabelo pelos travesseiros. Como ele acariciava seu corpo, lambendo o ponto que deveria pulsar em seu pescoço pálido, mordendo o lóbulo da orelha, beijando a mandíbula, sugando os lábios entre os seus. E baixando mais... Baixando até tirar toda a roupa fria de um corpo frio, até cobri-lo de afagos suaves como pena e quentes como ferro em brasa.

Ela amava como ele fervia. O cheiro de cachorro não era sua marca, ela podia sentir esse cheiro em seus amigos, mas não nele. S/N tinha o perfume mais doce e viciante que ela jamais sentira até o instante que pôs os olhos nele.

Um transmorfo e uma vampira. Que trágico!

Mas a forma que ele a tocava fazia tudo valer a pena. A forma como ele a olhava... Como lambia sua fenda úmida, como a chupava, como fazia parecer um beijo de língua...

Mas ele não... Ele não a queria mais.

Rosalie podia sentir saudades até mesmo da guerra, das brigas e das reviradas de olhos. Cansara da paz, estava há muito tempo vivendo em seu silêncio solitário.

Queria a boca dele, o corpo dele... O sorriso, a voz, o calor... Somente ele a fazia sentir daquela forma. Ela podia perceber o amor esfriando e indo embora.

Como faria para voltar atrás?

Nem todos são obrigados a ouvir xingamentos e humilhações e, mesmo assim, ficar. Tem vezes que simplesmente se cansam, cansam de ser maltratados, cansam de não ser desvalorizados.

Ninguém é obrigado.

Mas se Rosalie pudesse voltar atrás...

Longe dele, tudo havia parado. Se pudesse voltar poucos meses atrás, aproveitaria ao máximo a última vez que S/N a beijou, sentiria tudo. Sentiria o cheiro de seu hálito de menta, o sabor, o vapor da língua, o som molhado...

Quando S/N o beijou, o mundo simplesmente virou. Foi como sentir que o amor lhe tocou. Tudo virou de cabeça para baixo.

Nem Jasper poderia tranquilizar aquela dor em seu peito.

Rosalie não tentaria encontrá-lo em outras pessoas. Jamais conseguiria, sabia disso. E não queria. A única pessoa a qual desejava era S/N.

Ainda sentia sua falta e sempre sentiria. Olhando para a porta, continuava esperando ele entrar.

Olhou para a tela do celular.

A foto dele surgiu de repente.

Rosalie entrou na conversa, uma ponta de esperança crescendo.

Os três pontinhos surgiram. S/N estava digitando.

Eu sei que é impossível um lobisomem e um vampiro se apaixonarem, mas isso aqui é fantasia

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Eu sei que é impossível um lobisomem e um vampiro se apaixonarem, mas isso aqui é fantasia. Relevem.

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