Compilado de histórias curtas (imagines), 99% escritas por mim e as que forem traduções terão os devidos créditos. Aqui terá romance com você, leitora(or), sendo a personagem principal e tendo seus personagens fictícios favoritos como par romântico...
{Nomenclaturas} S/P: sua pele (exemplo: seu rosto negro, sua pele morena, seu rosto pálido)
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Sentada na varanda, de frente à extraordinária cascata d'água de Valfenda, S/N somente escutava. Fechando os olhos, sentia as finas gotas que escapavam da cachoeira soprando seu rosto. O som feroz das águas se chocando às rochas esforçava-se para prender a atenção da elfa a todo custo, imergindo-a naquela confusão de ecos.
Ela ouvia o líquido correr pelas paredes das montanhas. Imaginou os enormes pedaços de pedra se soltando, despencando metros abaixo e caindo sobre as belas construções de Valfenda, destruindo absolutamente tudo. Dizimando as esperanças.
O objetivo era se utilizar das coisas à sua volta para se acalmar, talvez enxergar algo que ainda não tinha visto, esclarecer seus pensamentos, tranquilizar seu espírito.
Mas... nada.
Aquela dor não a deixou. A assombração do vermelho colorindo o chão continuava ali, exibindo sua vitória sobre os corpos mortos. Os olhos tristes e desesperados provocaram os dela.
As gotas da cascata, assim, se misturaram às lágrimas salgadas. Sob o brilho da Lua, elas brilhavam no rosto s/p, e Arwen as viu, cintilando como estrelas. Atrás do tecido transparente e ondulantes das cortinas, ela te observou. Sua dor a feria, suas lágrimas a asfixiava, sua tristeza a destruía.
De longe, você parecia tão gelada... Tudo tão frio. Menos sua expressão. Você guardava a face da pura amargura, da desesperança e da paixão destruída.
Para si, você se sentia encolher mais e mais, inútil. Para Arwen, com sua silhueta à frente da cascata pujante, contrastrando com a imagem violenta das águas, você continuava titânica, brilhante, perfeita; mesmo com a dor em seu coração.
Tudo parecia se esforçar para incomodar o retrato sublime que era você.
— Deixe-me oferecer um abraço.
Virando-se na direção da voz, você viu o contorno da bela meia-elfa. A túnica azul-céu lhe caía perfeitamente, o tecido mal parecia tocar sua pele, quase como se flutuasse ao redor do corpo. Andando devagar a passos irrepreensíveis até você, Arwen parecia um fantasma.
Um belo fantasma.
Perante à elfa, as lágrimas quase se forçaram a dar meia volta e se instalar no fundo escondido de seu peito. Entretanto, a dor não queria sumir.
Você balançou a cabeça em uma negativa cansada. Arwen sentiu o coração pesar.
