【Carl Grimes - Te Vi Passar²】

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Interações: Carl X Leitora

Pronomes: Feminino

Tema: Romance

Carl te observou caminhar, se afastando cada vez mais

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Carl te observou caminhar, se afastando cada vez mais. Fora do traje, você se sentia leve, mas desprotegida. Concentrada em tudo à sua volta, pensou que Carl fazia o mesmo, mas não, nem ao menos passou em sua cabeça que o foco dele era você.

Os pensamentos dele estavam longe.

Vocês atravessavam a rua vazia do que antes era uma cidade pequena do interior. Carros e casas destruídos, tomados por mortos que não se mexiam mais e vegetação rasteira. O chão de cimento quebrado e vidraças estilhaçadas, a estrada ainda estava quente depois de um dia inteiro de sol. Mesmo com a Lua sobre suas cabeças, o calor continuava forte, a ponto de você agradecer por estar livre daquele pesado e abafado traje militar.

Em compensação, o vento gelado suavizava as coisas. De vez em quando, Carl te via estremecer e sua pele arrepiar.

Somente os dois seguiam pela rua. Logo atrás, Carl te observava andando em um mundo de completo caos, sendo a única coisa normal e inteira de um lugar destruído. Com roupas comuns - pegas emprestadas dele mesmo -, você se mexia aliviada, mais leve, mas ainda assim, inquieta. Ele percebeu que isso era comum em você, uma ansiedade constante.

Seja em um mundo de caos ou ainda que entre humanos normais, você continuaria roubando a concentração de Carl. A memória de Judith e você, juntes, aquecia seu peito de uma forma estranha e vergonhosa, até humilhante.

Vendo você passar, tudo parecia passageiro também. Você não o ouvia, ele sabia disso, mas sempre quando você falava, por menor que fosse a frase, ele desejava não ter entendido, só para que você precisasse repetir.

Carl não era burro nem desproviso de sentimentos - por mais que alguns realmente consideressem esse último como uma verdade universal -, mas aquilo ainda era confuso, novo. O que piorava tudo era a confiança que depositou em você sem qualquer esforço da sua parte para isso, tudo em pouquíssimo tempo. Era tão fácil conversar ou, ainda, somente ficar em silêncio e aproveitar.

Era como uma daquelas noites etéreas que no dia seguinte não tinha explicação, não fazia sentido, mas a sensação envolvente permanecia ali. Ou quando criança, que se conhecia alguém, brincavam, conversavam, iam embora e nunca mais se viam, mas a lembrança da pessoa continuava por toda a vida.

Olhando para a Lua ou para a rua, ele te sentia à frente. Acelerando o passo, ficou ao seu lado. Agora você lutava para usar a balestra improvisada que tinham te emprestado em Alexandria.

— O que eu faço?

Sem jeito algum para a coisa, se continuasse daquela forma a flecha pegaria em você.

"Deixa isso" Carl avistou o único zumbi caminhando sem rumo "Ele tá longe, não faz diferença."

Você balançou a cabeça, teimosa - outra coisa que ele percebeu em tão pouco tempo, você era tão cabeça dura quanto ele.

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