Andei por toda cada cidade de Nova Luar, prédios, casas, feiras, muitos carros, e muitas pessoas enormes quantidade de pessoas. Tudo era muito novo para mim. A propósito se eu não contei eu não nasci aqui, e minha mãe não é minha mãe verdadeira. E não conheço o meu pai, no caso o marido da minha mãe, e nem o meus pais verdadeiros de sangue. As vezes penso que sou um nada no mundo, e tudo que faço é ocupar um espaço no imenso planeta terra. Ainda bem que o planeta é grande.
andei por toda parte da cidade que parecia não ter fim, até que me cansei e me sentei ao num banquinho de uma praça muito bonita, que tinha uma estátua de uma mulher e uma coroa da cor de ouro na cabeça, com uma espada nas mãos, essa espada não era uma espada comum de estátuas, ou seja era uma espada comum de verdade, a qual eu achei muito bonita, eu nunca vi uma coisa daquela. Não resisti e fui ver de perto, afinal o pouco brilho da espada me chamou atenção. Ao chegar vi que a espada não era aquilo que eu pensava, a lâmina era escura e com muitos cortes e arranhões na lâmina, nem parecia que fazia aquele brilho.
Não deixei de dar uma olhada no rosto da mulher estátua, ela era completamente de mármore, muito bem feita. Seu olhar era um olhar de tristeza, e sua boca de infelicidade.
O sol estava quente e meu rosto começou a soar, olhei para o relógio e vi já era meio dia e quarenta. Levei um susto, dei um suspiro profundo e falei comigo mesmo: estou f***!!!!!
E saí correndo dali, com toda pressa e vontade de chegar em casa, tudo isso para almoçar, porque minha mãe não gosta de quem chega depois de já estiverem todos servidos. Ela já tinha me falado que quem chegasse atrasado ficava sem comida. Um dia eu fiquei sem comer.
E eu estava morrendo de fome. Esse era um péssimo dia para ficar sem comida.
Então corri por toda a estrada que levava a minha casa, passei por novamente por casas, prédios e muitas pessoas, tudo passando em alta velocidade. Como se eu voltasse no tempo. Estava quase chegando onde acontecia a feira no meio da rua, Tudo era muito rápido, que ao piscar de olhos, pisei em uma casa de banana que me jogou em cima de uma mesa de melancias, na qual quebrei tudo, e foi aí que a barraca caiu. Quando abri os olhos vi o sol nos meus olhos quase me cegando e um senhor de chapéu olhando para mim. Seus olhos pareciam irados com o ocorrido, eu apenas dei um sorriso de vergonha, e o senhor me levantou pela camisa, me colocando de pé estatelado. E num tom bem calmo perguntou: Você fez isso? - Ele sabia que eu tinha feito aquilo, quase que respondi: não foi o Chaplin colorado! Porém o que eu falei foi: desculpas, foi sem querer. Ele me olhou nos olhos e percebeu meu medo, e num tom mais baixo falou serio: -E meu prejuízo, como fica? Eu olhei para a banca de melancias quase todas quebradas e derramando suco vermelho e meu cabelo e minha roupa cheias de sementes, o que eu falei foi apenas: Eu pago! E expliquei que não pagaria naquele momento mas em dois dias teria o dinheiro. O valor era exatamente cento e cinqüenta reais.
Ele me perguntei meu nome e eu respondi.
Antes de sair do local falei que pagaria mas levaria todas as melancias boas que ainda restaram. Ele fez que sim. Dito isso peguei um carrinho emprestado e levei quatro melancias para casa correndo. Ao chegar em casa já eram uma hora e meia, minha mãe estava assistindo jornalismo, quando me viu com todas melancias, assustada me perguntou o que seria aquilo e eu a expliquei toda história, que fez ela rir até sair lágrimas de alegria nos olhos.
O que fez me sentir idiota.
Então eu fui esquentar a comida e depois almoçar, depois tomamos suco de melancia.
Bom o restante do dia todo foi normal, até dar a hora de ir tomar banho e me arrumar para ir a escola.
Chegou o horário seis e meia e eu estava ancioso, depois de me arrumar dei tchau para minha mãe e para meu irmão e fui.
Chegando na escola tudo estava muito diferente, até mesmo as pessoas, e logo fui surpreendido por um garoto que me jogou em cima de uma garota que me deu um tapa e todos riram.
Me senti a pior pessoa do mundo.
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Otelo - Realizando um sonho impossível
Historical FictionO jovem Otelo levara uma infância triste. Filho de Loyana Ronnie o jovem Solitário nunca tivera amigo de escola ou namorada, procurava os cadernos para libertar sua mente repleta de estranhas imaginações. Porém uma interferência do destino muda as...