PASSADO PLANEJADO

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Acordei com o pensamento que o Leinion havia dito:

" Antes de querer saber sobre mim, procure respostas sobre quem é você, de onde veio e por que está aqui."

Lembrei me de quando fiz a pergunta ao Haji:

- Por que tem que ser eu?

"Isso eu não sei, apenas sua história e seu destino sabe. - Respondeu ele."

Eu descia a escada, minha mãe com um sorriso fala:

- Vem filho, o café já está pronto.

Estávamos na mesa, quando minha mãe resolveu me perguntar.

- Está tudo bem filho?

- Sim, está tudo bem. - Respondi com o olhar desviado.

- Eu nunca te ensinei a mentir, acho que sou sua mãe e me preocupo com você. - Falou Ela.

- Não só eu, mas também sua namorada que veio aqui muitas vezes, querendo saber sobre você e não pude dá nenhuma resposta a ela, a não ser dizer que não sabia a seu respeito.

- TUDO ESTÁ ERRADO! - Reclamei - Eu não sei de onde eu vim, não sei quem é meu pai, onde nasci, a única certeza que tenho é que você não é minha mãe e o Zolan não é meu irmão de verdade!

Aquilo tocou minha mãe forte pude ver nos olhos dela quando de imediato começaram a lacrimejarem.

Baixei minha cabeça sobre a mesa, me arrependendo do havia dito.

Você está certo - Falou minha mãe - Eu sempre tive medo de sua revolta sobre mim, assim que você soubesse a respeito de você, mas percebo que a revolta acontece muito antes de qualquer palavra dita, mas sempre soube que um esse dia iria chegar. - Disse minha mãe me olhando.

Otelo, você não é meu filho de sangue, mas continua sendo meu filho.

Há dezessete anos atrás, quando eu ainda era jovem quase que ainda adolescente e namorava o Marcelo, pai do Zolan o qual tinha dois anos de nascimento, fui para uma excursão a um lugar de interior de Nova Luar.

Acampamos por uns dois dias num local que parecia matas, o lugar que era bonito, mas muito estranho.

Quando chegou a noite, aconteceu um fenômeno imprevisto da natureza. Uma rocha de asteróide atingiu uma região ao lado, atraindo nossa atenção.

Assim que o clarão do céu aconteceu, em seguida o enorme barulho pode ser ouvido, e atrair o Marcelo até o local, eu o segui.

Assim que chegamos no local, a cena de desastre pode ser vista sobre os moradores que ali habitavam.

Muitos habitantes mortos, outros carbonizados, outros congelados, outros se encontravam decapitados, uma cena horrível.

Era uma cena muito diferente do comum, eu não gosto de lembrar.

Quando estávamos nos retirando do local, percebi uma única voz no meio de todos os destroços, na verdade um choro de bebê, o qual vinha da direção de uma casa de madeira que se encontrava em chamas, quando fui verificar estava ao lado da pedra, deitado em uma espécie de berço, que estava em chamas.

Criança a qual por mais que a destruição tomasse conta, se encontrava em descanso tranquilo.

De imediato, a peguei nos braços e corri a mostrar ao Marcelo, que logo falou que seria má ideia levá-la conosco.

Mas assim que a olhou nos olhos dela, acabou não resistindo aos encantos de inocência da pequena criança e o mesmo trouxe para o acampamento e em seguida para nossa casa.

Otelo - Realizando um sonho impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora