EU RECUSO MEU DESTINO

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- Você Otelo é a pessoa a qual esperamos a mais de cinquenta anos. A pessoa que vai treinar nosso guerreiros para a grande batalha que virá.

- Háháhá.... eu sou o que de vocês?  foi o que consegui fazer, eu apenas dei gargalhadas quando ele falou aquilo.

O Haji me olhou com um olhar, me estranhando. Então parei de rir, respirei fundo e falei:

- Senhor Haji, deve ter acontecido algum engano, eu não creio nessas coisas. Eu não sou o protetor de vocês, se é que isso existe.

Me levantei e saí da oca onde estavamos, até vinha alguns homens indios para me segurar, quando o Haji que estava na porta da casa lhe falou dizendo que eu podia ir.

E da porta falou um tom alto:

- Otelo não tem como fugir do seu destino, você pode ir, mas concerteza irá voltar!

Um de seus homens me entregou minha caixa de ferramentas e meu pé-de-cabra, eu o agradeci e continuei a andar sem olhar pra trás.

Falei comigo mesmo:

- Esse velho, deve ter fumado um cachimbo da paz muito louco. Protetores de aldeias, guerras, eu nunca que vou crer em coisas absurdas e ideias loucas, fala sério. 

Continuei meu caminho sem rumo.

Era mais ou menos umas onze horas da manhã, quando depois de pensei comigo mesmo:

- Tenho que voltar lá na tal Adeia da Luz.

 Comecei a andar em direção a aldeia do Haji, depois de andar muito já estava próximo a aldeia, fiquei atrás de algumas moitas de mato que ficava atras de umas casas de madeiras. De onde estava dava pra ver os povos, que trabalhavam  e onde muitos ajudavam uns aos outros, faziam vários trabalhos, como carregar água, fazer roupas com pele secas de animais,alguns cortavam madeiras enquantos outros as carregavam. Fiquei um tempo parado ali, tentando imaginar como faria para entrar de novo ali.

 O sol estava um pouco forte, olhei pra o céu que estava muito azul e com poucas nuvens, respirei fundo. E quando entrei no local, onde muitos índios paravam seus trabalhos, para me observar, alguns até pareciam legais.

Quando veio um homem que muito forte com uma lança de muito brilhosa, imaginei que seria um dos guerreiros, veio até minha direção e numa postura séria perguntou o que eu queria. Então falei que queria apenas falar com Haji. Então ele foi o chamar.

Haji veio até mim e falou, o que eu queria. Então eu falei:

- Senhor Haji, você que é sábio, você sabe como faço para voltar para o lado leste de Nova Luar. 

Simpaticamente, ele falou para quatro de seus Homens me levarem com segurança até meu destino, então imediatamente trouxeram cinco cavalos, e montaram neles em cada um. Eu fui fazer o mesmo.

Quando montei no cavalo, ele do nada deu um galope e eu caí sentado no chão, então odos riram.

E então com vergonha e bravo falei:

-Eu não sei andar a cavalo. Algum problema?!!!

Todos riram ainda mais alto, inclusive o Haji.

Então uma garota que também era india, a propósito muito linda, que tinha os cabelos pretos, e pele morena com alguns desenhos espalhados pelo copo, e usava uma especie de saia um pouco curta, e uma especie de colar gigante que cobria os seus seios, veio até trazendo um cavalo branco e olhando para meus olhos falou em um sotaque indigena:

- Esse é o Habuan meu cavalo, ele vai te levar a seu destino com segurança, por favor não o machuque.

Eu agradeci e por fim dei um sorriso tímido.

Então o Haji e falou que eu podia voltar quando eu estiverse pronto para aceitar meu cargo, mas que não demorasse muito pois o tempo restante era curto.

Eu agradeci e com seriedade falei:

- Desculpe me senhor Haji, mas eu não creio, e também não sou o que vocês pensam. Agradeci a todos e saí, e os outros homens me seguiram.

Comerçamos um caminho.

Estavamos indo em direção ao leste, passamos por muitos lugares muitos secos, por alguns lugares que lembravam alguns filmes de faroeste com algumas casas de madeiras, passamos por varios lugares estranhos, chegamos até um lago onde um dos homens pediu para parar.

Então apeamos dos cavalos que logo foram beber água no lago. Havia uma arvore que era fina e muito alta, a qual os quatros caras começaram a subir nela um de cada vez, um deles pediu que eu ficasse, no chão.

Não demorou muito e um deles já estava no topo dela, pegando algumas especies de frutas. Assim que pegava na mão uma fruta a jogava para o outro que estava abaixo dele, que jogava pra outro que estava mais abaixo e assim sucessivamente até chegar a mim, que as colocavam no chão. As frutas eram bem sensíveis e lembrava um pêssego.

Então as comemos e bebemos água do lago, os cavalos aproveitaram para se deitar em baixo de algumas árvores, fizemos o mesmo. Depois de descansarmos bastante, voltamos a ir a nossa caminhada, passando por lugares, estranhos e diferentes, e sempre conversando sobre nossas vidas e dia dia.

Eles me falaram seus nomes, porém decorei apenas os nomes de dois, Haru e Karu os outros nomes eram muito estranhos então acabei esquecendo. Passamos pelo local onde o caminhão tombou, mas não havia nenhum rastro no local, nenhuma pedra derramada no local, só reconheci por que estavamos na estrada de barro e só tive certeza ao passar pelo riacho o qual me joguei.

Seguimos cavalgando em alta velocidade, Habuan o cavalo sempre muito tranquilo comigo me deixava mais tranquilo ainda.

Passamos por um lugar muito estranho onde a um lugar que era estranho, onde o lugar de onde vinha que era seco e quente começava a ficar mais frio e menos iluminado, com um clima mais fresco. Percebi que acabara de entrar no lado Leste da cidade de Nova Luar o que me deixou muito feliz,  sorri comigo mesmoos quatros também sorriram com minha felicidade, Quando derrepente os quatros indios pararam e disseram que dali não podiam ir mais além.

Eu ia perguntar o porque mas logo imaginei que seria mais uma das coisa das crenças deles. Então apeei do cavalo Habuan o agradeci e agradeci todos os indios por me ajudarem. Me surpreendi quando todos desceram de seus cavalos e se ajoelharam no chão me agradecendo e me desejando força e coragem.

Eu sorri e pedi que levantassem me senti mal com aqueles gestos, mas agradeci pelas palavras, me despedi e fui seguindo dessa vez a pé até encontrar um ponto de onibus, fiquei esperando e pensando no dia de hoje.

Não demorou muito e logo o veículo apareceu, então entrei e paguei a passagem com um pouco do dinheiro que tinha sido pago pelo Abreu, e me sentei em uma cadeira do lado da janela onde mais tranquilo tentei desviar meus pensamento e pensar de como voltaria em casa e o que diria para minha mãe e para meu irmão Zolan.

 Ao me aproximar da cidade logo aviste de longe a enorme torre da cidade. Assim que cheguei a praça desci do onibus, aproveitei para me sentar no banco da praça pensando no que diria para minha mãe. fiquei olhando a rua que estava com muitas pessoas todas fantasiadas, isso porque era carnaval.

Caminhei pelas ruas que continham muitas pessoas de todos tipos e jeitos, o lugar estava muito barulhento. Continuei a andar até chegar ao local onde acontecia a feira da cidade que estava muito mais cheia, com muitas gritarias dos vendedores, então encontrei o cara o qual derrubei suas melancias.

Ele me cumprimentou e o paguei, todo o valor cobrado por ele.  Depois de ter feito isso fui direto para minha casa, muito anciososo e nervoso também.

Devia ser umas umas sete horas da noite quando cheguei no portão da minha casa, parei por um instante respirei fundo e resolvi  tocar a campanhia.

Minha mãe aparaceu na porta e veio logo me dando um abraço. Falou:

- Filho!

- Meu filho!

- Mãe!

Meu irmão também apareceu na porta e logo nos tres se abraçamos, em um abraço coletivo, onde minha mãe chorava muito.

Pensei comigo:

- Essa é minha família que eu nunca vou abandoar!

Otelo - Realizando um sonho impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora