CIDADE DAS TREVAS

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Em um flash eu corria em direção a minha casa, atrás de mim a escuridão ia a toda velocidade, tornando paraíso para Anazus.

Por onde eu passava, ali tornava se escuridão.

Passei pelo local onde ocorria a feira da cidade, local qual se encontrava em tumulto. Perdidas e desesperadas as pessoas corriam e chamavam por nomes de talvez familiares, amigos ou parentes, por ser muitas acabavam atrapalhando minha passagem por ali.

Como em câmera lenta, em alta velocidade eu desviava as pessoas que surgia à minha frente.

Passei por um lugar onde havia um mendigo que olhava pro céu gritava:

" Sabíamos que estava próximo. Não há mais tempo para se arrepender!"

Corri acelerado, minha casa era o meu destino.

Assim que cheguei, entrei pelo portão.

- Otelo meu filho, por onde andou? - Era minha mãe, a qual estava muito assustada e logo me abraçou.

- Hoje é o dia! - Disse ela.

- Mãe, o que está dizendo? - Perguntei.

- Não viste como o céu está escuro? - Perguntou ela.
Demônios invadiram nossas ruas, o arrebatamento dos de Cristo. Hoje é o dia, vamos ao paraíso.

Venha filho, ore comigo antes mesmo que seja tarde! - Falou Loyana me puxando pelo braço.

Minha mãe era uma pessoa de fé e tinha um grande cuidado comigo.

Corri até meu quarto, onde acima do guarda roupa estava a maleta e o pé-de-cabra.

Com os dois objetos em mãos. Falei para Loyana:

- Mãe tenho que ir, no entanto não saia daqui.

Apressadamente eu corri pelas rua de Nova Luar a qual estava um caos.

Pessoas desesperadas corriam sem rumo.

O vai e vem desesperador das pessoas dificultava o meu trajeto.

O céu e tudo ao redor se encontrava em total escuridão, monstros, demônio e espécies de criaturas dominava toda cidade.

- Ajuda!!! - Gritava uma voz feminina pareciam estarem em apuros.

- Ahh - Gritava outras voz dessa vez masculina.

- Alberto cadê você? - Gritava uma senhora.

- Ahhh - Gritava outros.

- Mamãe?? - Chorava uma criança em meio a escuridão.

O tumulto era intenso, meu foco me fazia driblar todos a minha frente, que mesmo não vendo, ainda percebia os vultos.

Quando quase tudo estavam em trevas, driblando quem estava a minha frente, finalmente cheguei à praça de Nova Luar onde estava lá o Leinion com seu cajado que refletia uma pequena luz roxa em meio a escuridão.

Havia também um cara que reconheci que era o Abreu, aquele mesmo, o mesmo que trabalhei para ele.

- Entregue me a maleta - ordenou o tal Abreu.

Olhei para o mesmo. Eu não confiava em nenhum deles, então assim que o ele me pediu a maleta, fisguei meus olhos, suspirei uma quantidade de ódio, e com raiva, lancei o pé-de-cabra que estava em minha mão em direção ao mago.

O objeto voou girando em direção ao pescoço do Abreu, logo passou por seu ombro então acertando uma criatura demoníaca que estava prestes a atacá - lo.

Otelo - Realizando um sonho impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora