DESTINO LEVES ME EMBORA

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Dentro de mim um fogo queimava vivo.

Insuportável era a sensação de está com algo vivo dentro de si, queria vomitar aquilo.

Larguei a mão do mago Leinion que já se encontrava sem vida.

Eu suava frio, em minha visão estava um embaço amarelado, o que me ajudava um pouco enxergar na escuridão. Percebi ao lado a Thalia que me pegou no ombro:

- Vamos, vem comigo te levarei para um lugar seguro. - Falou ela, me ajudando a subir no dentes de sabre.

A toda velocidade corria o felino, passando por lugares que ainda permanecia em total trevas, enquanto isso criaturas demoníacas ainda atormentava pessoas que desesperadas lutavam em defesa.

Corríamos a toda velocidade, olhei para trás, percebi uma espécie de critaura, possuía uma calda comprida, e com suas grandes asas, vinha a nossa direção.

- Tem alguma criatura nos seguindo! - Alertei a garota.

- Como sabes?

- Veja!

Assim, que olhou atrás, Thalia pôs a fera correr a mais velocidade.

Cortando a escuridão a nossa frente, corríamos a toda velocidade, cortando becos cruzando esquinas.

Já saíamos do asfalto da cidade, corríamos pela terra seca, mais a frente estava a floresta da cidade.

Quando uma dor em minha cabeça veio a mim, causando tontura, fazendo me desequilibrar e assim lançar me ao chão.

- Otelo! - Assustada a garota apeou do felino, e correu a minha direção.

- Vai, corre!

Surpreendentemente a criatura se aproximou, e pela cauda agarrou a moça com brutalidade.

- Thalia! - Gritei vendo por trás do embaço amarelados de meus olhos, a garota ser envolvida pela cauda do monstro, que a apertava com muita força.

Minhas forças parecia não existir, minha cabeça doía, ajoelhado ao chão eu tentava me mover, porém não sentia meus braços e minhas pernas pareciam mortas, eu suspirava forte.

Após libertar um alto grunhido, a criatura azul levantara voo.

- Otelo!!! - Forçando a voz, gritava desesperada a thalia.

Levantei o rosto, e ao ver ela indo, busquei força em mim.

Aos poucos queimava uma energia interior, que refletia como áurea em fogo. Os dedos de minhas mãos, se fechavam até se encolher por completo, meus pés ganhavam garras, por fim sobre meu corpo chamas de fogo me envolvia por todo meu corpo em formas de plumagem.

Olhei ao lado e percebi em mim grandes asas, olhei ao ao céu, direção onde a criatura havia levado a garota Thalia.

Chamei por nome da moça, mas o que saiu foi uma espécie de grito de águia.

Em meio a escuridão, batendo levemente as asas eu levantava voo.

Já ao alto, a toda velocidade, eu perseguia a direção em que a criatura levara a garota.

A minha frente só o nada, abaixo de mim, podia ver em embaço amarelado a natureza formada por matas, formadas por arvores altas, parte onde o silêncio era o que podia ser ouvido.

Cortando a escuridão, eu voava já sem esperança quando, percebi a cima de mim, uma gota de sangue, que tocou minha face e ao atingir transformou em vapor.

Pelo embaço de meu rosto, percebi a criatura, que segurava a Thalia, que quase sufocada pedia:

- Otelo, ajuda.

Otelo - Realizando um sonho impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora