REFÉNS - PARTE 1

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21:30, falei para minha mãe que iria sair para uma festa naquele dia. Então ela aceitou, aconselhando que eu tomasse cuidado e não me envolvesse em confusão.

Eu fiz que sim.

Então fui direto ao ponto de ônibus que ficava na praça. Fiquei sentado no banco, eu estava levado apenas o meu celular e meu pé-de-cabra, o qual teria ganho quando fui trabalhar no garimpo.

Depois de um certo tempo, o veículo chegou e eu embarquei nele, o qual estava muito vazio, com apenas uns cinco passageiros. Eu fui até uma janela que ficava no fundo do ônibus, sentei na cadeira e fiquei observando a paisagem no lado de fora.

Aos poucos eu ia saindo do lado leste da cidade de Nova Luar, a cidade que naquela hora da noite estava muito iluminada, e muito movimentada pois era noite de sábado.

No caminho eu ia pensando em como fazer para resgatar o Haji.

- Será que o nosso plano daria certo? E se não desse?

- E se desse tudo errado? E se eu morresse?

Concluí comigo:

- Chega de pensar pensamentos negativos, vai dar tudo certo.

Depois de um tempo, o ônibus chegou ao seu último ponto, então eu desci.

Então fui andando em direção da aldeia da Luz, sempre em passos rápidos e preciso.

Depois de andar bastante cheguei a Aldeia da Luz. Onde todos estavam pintados como se fossem pra uma guerra, com pontos brancos pelo corpo e duas listras pretas em cada face do rosto. Eu bem não em entendi aquilo, pois não queria fazer nenhuma guerra era apenas um resgate, mas com certeza era um ritual deles, então respeitei.

Quando todos estavam preparados, os chamei e falei:

- Por mais que todos vocês guerreiros, magos e arqueiros sejam bons e estejam treinados para esse resgate, eu não posso ariscar a todos.

Chamei Karu e Haru, os convidei a formar uma equipe de apenas cinco integrantes cada. Então cada um deles selecionaram dois magos, quatro arqueiros e quatro guerreiros.

Alguns dos não escolhidos até se sentiram excluídos, porém o Haru explicou:

- Vocês todos são bons, independente de cada profissão que carregam cada um tem o máximo pontencial para qualquer missão, mas não podemos colocar toda a Aldeia em risco.

Começava a se ouvir os comentários.

Então eu expliquei:

- Não pensem que estes dez que vem comigo são ou serão melhores que vocês. Eles podem até ser considerados um pouco em algumas características, isso é porque ainda não descobri o melhor de vocês, mas tenham certeza que vamos trabalhar juntos para que cada um de nós sejamos fortes ao máximo.

Todos ficaram muito contentes com meu discurso, eu estava muito nervoso ao escolher apenas dez, pois sabia que cada um ali queria ser a pessoa que resgatou o seu pajé.

Estávamos todos prontos para irmos, cada um em seu cavalo e eu estava montado no Habuan.

Então fomos seguindo a direção norte do mapa. Eu nunca tinha ido naquela região, eu não conhecia nada ali, não sabia a quem nos esperava. Cada passo dado era um risco.

A noite de lua nova deixava tudo escuro, também ventava um vento frio quase gelado naquela região.

Íamos a toda velocidade galopando pela terra seca que possuía muitas pedras e morros altos. Quando então surge a nossa frente uma ponte de madeira velha e quebradiça que ligava um precipício a outro, abaixo apenas uma imensidão escura que parecia não ter fim, o pior era que tianhamos que atravessa-la, os cavalos ficaram com medo e se recusaram a fazer o percurso então tivemos que deixá - los ali amarrados em uma grande moita a qual os escondiam, então seguimos a pé.

Otelo - Realizando um sonho impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora