CAEM OS FORTES

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Iluminados por os cajados dos magos, os olhares de todos voltavam para uns aos outros.

- Sabia que esse dia chegaria - Sorriu o mago impedindo que algum clima de tensão iniciasse.

- Otelo o que está fazendo? - Exclamou Luna.

- Não confiamos em Você! - Exclamou um dos guerreiros dirigindo - se ao mago.

- A questão é, vocês tem outra escolha? - Sorriu o mago ao perguntar, então continuou.

- Eu também não tenho escolhas, se tivesse, acha que aceitaria ajuda de um bando de índiosinhos e um garoto com poder de ursinho carinhoso?

- Eu não pedi para está aqui! - indignado fiquei. - E quer saber, que se exploda a coisa toda, eu vou embora, vou para minha casa, ficar com minha família, sabe por que? Porque eu posso fazer isso! - Saí andando.

- Quando se faz parte de uma aldeia, essa aldeia torna- se primeira ou segunda família. Estamos aqui por você Otelo. Venha por nós.

Tudo estava completamente escuro e as pessoas que aceitavam a se entregar ao Anazus, continham os olhos completamente sem vida.

- Então vai e prova o quanto és fraco e inútil! - Dito isso, com o cajado em chamas, que iluminava a escuridão, Leinion foi em ataque a uma criatura das sombras que tentava entrar em uma casa.

Os arqueiros, magos, guerreiros, batalhavam contra criaturas e demônios sombrios, e ajudava as pessoas que ainda tinham esperança.

Com minha ferramenta, em mãos, cabisbaixo pensei naquela palavra dita pelo mago.

Quando alguém fala a verdade, atinge você de forma que parece machucar, foi o que aconteceu, desistir de qualquer coisa porque seja difícil apenas nos faz ser fraco.

inútil essa palavra acho que é a pior que existe.

Essa veio a mim, como um golpe, peguei aquela palavra a reservei em minha mente.

Aos poucos uma energia acelerada percorria minhas veias, meu corpo ficava vermelho refletindo em meio a escuridão não havia como não me notar. Com ódio gritei:

- Veelocidade Luz!!!

Com o pé-de-cabra nas mãos, a mil por horas, eu derrotava os demonios e todos que se encontravam a minha frente.

Passei por o Leinion, soprando suas vestes cinza, o que o assustou.

Sem pensar em consequências, movido por meu impulso, cheguei por trás de Anazus e o acertei com uma chute meio que Timyo yop Tchagui em sua costas o derrubando ao chão.

A escuridão não me deixava ver, mas pedi aos céus que o Leinion observasse aquilo.

A adrenalina em meu corpo misturada com ódio resultava numa sensação de prazer.

Orgulhei me e segui com outro ataque, enquanto ele apenas se defendia com os braços, acertei-lhe um de cotovelo em seu nariz que fez sangrar.

Orgulhei me ainda mais, quando o Anazus gritou de dor.

Enquanto se encontrava no chão, pisei sobre seu corpo e gritei:

- Veja isso Leinion!

Eu me sentia o mais forte, o que se passava por meu corpo era o mais prazeroso sentimento, mas logo foi interrompido quando o Anazus agarrou o meu pé, com a mão.

Não consegui esconder minha expressão de assustado.

Anazus me jogou ao chão, me espancou com todo ódio que nunca refletiam em seu olhar azuis.

Otelo - Realizando um sonho impossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora