32 - Um bom natal e chá com biscoitos

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Harry gostava do natal, gostava de poder voltar pra casa com papai e comemorarem juntos, eles eram uma família e estavam bem so eles dois. Depois teria a festa com os Malfoys e todos os seus amigos iriam, bem... talvez não todos, Neville e Luna não iriam... mas ele poderia perguntar se podia convida-los. É... ele faria isso.

Ele estava ansioso para as festas, depois de meses infernais com Umbrige ele só queria alguns dias de paz e pura felicidade.

O pequeno Sonserino estava deitado no sofá da sala, a chupeta vermelha nos lábios e um cobertor o protegendo do frio de inverno. Severus olhava as cartas que recebeu, notícias de Fugde no profeta diário, ate quando aquele idiota ia negar o óbvio?

Em meio as cartas um papel esverdeado chamou atenção e quando abriu viu um cartão de natal enfeitiçado para tocar música. O cartão os convidava para o jantar de natal em Grimmauld Place. O papel era verde e com um desenho de papai-noel sorridente e acenando, a letra era legível, mas não tão bem desenhada.

Estranhou muito o convite, mas achou que seria bom para Harry, um jantar só eles seria interessante, mas talvez o pequeno quisesse se divertir.

— Harry. O que acha de passar o jantar de natal com seus padrinhos?

— Você vai comigo papai? — perguntou desviando os olhos do desenho infantil que passava na tv.

— Eu... acho melhor não pequeno — tentou e viu que a tempestade estava começando a se armar quando os olhinhos de esmeralda mostravam determinação. Seria uma negociação... e ele sabia que perderia no fim.

— Se papai não vai eu também não vou. — ele cruzou os braços emburrado e Snape suspirou.

— Filho... seus padrinhos querem muito passar o natal com você e eu não quero pegar pulgas por estar no mesmo ambiente que o cachorro. — tentou vendo o bico emburrado crescer e os braços ficarem ainda mais juntos.

— Se o papai não vai eu não vou — Repetiu vendo Snape suspirar alto e revirar os olhos.

— Harry ouça, prometo que te busco dia 25 bem cedo para a festa dos Malfoy's. — tentou vendo o bico tremer um pouco. — Você não quer jantar com seus padrinhos? Tenho certeza que alguns Weasleys estarão lá para você brincar...

Tentou e viu a determinação falhar, será que conseguiria vencer uma batalha contra aqueles olhinhos verdes?

— Mas papai... vai passar o natal sozinho? Não quero que fique sozinho — ele desfez os braços cruzados e correu ate abraçar Snape com carinho... então era esse o problema.

— Não vou ficar sozinho meu anjinho, vou sair em missão para o lorde... assim você fica mais calmo?

— Se papai não vai ficar sozinho e triste eu acho que tudo bem... mas... mas tem que me buscar bem cedo. Promete? De dedinho?

— Prometo que te busco bem cedo meu pequeno.





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Tom Riddle era um homem complexo, não teve muitos sentimentos fortes durante sua vida, e dos que teve nenhum deles foi bom. Ele era um garoto estranho e frio, não experimentou carinho ou cuidado durante seu crescimento, não ganhou aqueles abraços de boa noite, ou beijinhos carinhosos, não... na verdade ele aprendeu a desprezar toques em sua pele, se sentia incomodado. Por isso dar e receber carinho para ele era algo extremamente complicado.

Em Hogwarts não teve muitas oportunidades de aprender os sentimentos, ele fingia excepcionalmente bem, encantava com um sorriso cortês, uma educação polida e um respeito humilde para com os professores. Ele era encantador, o príncipe da Sonserina conquistava muitas pessoas com suas frases inspiradas e sorrisos sedutores.

Seja um bom garoto HarryOnde histórias criam vida. Descubra agora