"O medo é um de nossos maiores inimigos e também nosso maior mecanismo de defesa".A enfermaria se tornou rotina, desde que estrara no time de quadribol a quantidade de vezes que esteve ali eram assombrosas. Por isso ali já tinha um que de familiaridade, mesmo que não gostasse tanto era um lugar que se sentia cuidado de certa forma. Madame Pomfrey o proibiu de jogar quadribol por algumas semanas, talvez mais que dois meses, mas não tinha como ir contra a mulher então só aceitou que seu time jogaria sem ele por algum tempo. As marcas de garras que ficaram em suas costas felizmente não eram tão profundas, mas como era um ferimento de criatura mágica demoraria um tempo longo para se curar.
Ele foi liberado alguns dias depois sendo instruído a visitar a enfermeira uma vez por semana. Severus lhe visitou todos os dias e conversaram sobre amenidades... havia algo que o pocionista escondia, mas Harry tinha medo de perguntar, ou melhor, tinha medo de saber o que era.
Depois de um horário longo de Aritimância e duas aulas seguidas de Herbologia, era aula de DCAT, a aula que se tornou uma das favoritas do menino e de boa parte da escola, Remus Lupin era fantástico ensinando, a teoria se tornava fascinante e todas as práticas eram divertidas. A sala estava sem cadeiras ou mesas, ocupada apenas por um guarda roupa espelhado e de aparência velha que se movimentava.
– Intrigante, não é? Alguém aqui se arrisca a adivinhar o que tem aí dentro? – O professor perguntou andando pela sala, ele mantinha um sorrio tranquilo e incentivador.
– É um bicho-papão – Thomas respondeu.
– Muito bem Sr. Thomas, e alguém pode dizer qual é a aparência de um bicho-papão? – Lupin perguntou sempre com seu sorriso incentivador.
– Ninguém sabe – Pela decima vez Harry se sobressaltou ao ver a menina ali, não que prestasse atenção nela, mas Hermione parecia estar surgindo do nada durante as aulas, ninguém a via entrar, mas ela sempre estava lá. – O bicho-papão é uma metamorfo ele assume a aparência daquilo que a pessoa mais teme. Isso faz com que eles sejam tão...
– Tão assustadores, isso mesmo... – o professor interrompeu e andou ate estar perto do guarda-roupa – Felizmente existe um feitiço bem simples que pode parar um bicho-papão. Repitam comigo: Ridikulus.
– Ridikulus – a sala repetia em coro.
– Um pouco mais alto e claro, mais uma vez: Ridikulus.
Mais uma vez todos repetiram e ele sorriu.
– Muito bem, mas somente o feitiço não é suficiente, o que realmente repele o bicho-papão é o riso, se aproxime Neville. – Remus pediu e o Longbotton saiu de trás de algumas pessoas se aproximando com medo. – O que mais teme no mundo?
– Professor Snape – houve um pouco de risadas na sala.
– Oh... o professor Snape... bem ele assusta todos nós. – Remus brincou, mas Harry não gostou da brincadeira, sabia que seu pai era fechado por seus motivos, sabia que ele era do jeito que era por suas razões, mas não falou nada – Você mora com sua avó, não é? Pense nas roupas que ela usa... não precisa falar... veja bem eu quero que quando eu abrir aquela porta você – O professor se aproximou de Neville e sussurrou em seu ouvido – eu quero que imagine o professor Snape com as roupas de sua avó. Tudo bem? Vamos começar.
Com um aceno da varinha a porta se abriu e um Snape com o rosto cruel saiu, sua boca em uma linha séria e os olhos ônix afiados. Harry lembra da primeira vez que se viram, mas hoje a imagem que tinha de Severus era um sorriso contido e muito carinho para si. Não julgava quem via seu pai como ruim, ele não era um anjo..., mas jamais o veria como menos que o homem que o salvou. Quando Neville fez o feitiço e o bicho-papão/Snape apareceu com roupas estranhas ele riu... porque foi sim engraçado demais.
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Seja um bom garoto Harry
FanfictionHarry não teve uma infância fácil, não teve uma família que lhe deu amor, mas ele vai aprender que família nem sempre é de sangue e que as vezes você pode sim desejar que os seus carrascos sofram, basta fazer direito.