20 - Julgamentos

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A primeira coisa que Harry pensou ao acordar foi: como estava seu pai? a segunda: onde estavam seus padrinhos? E só depois se permitiu perguntar... como chegou à enfermaria?

Ele pulou da cama ignorando completamente seu corpo dolorido e quente, achou Madame Pomfrey tentando enfiar pela goela de um adormecido Snape uma poção de cor amarelada. A enfermeira até tentou colocá-lo de volta na cama, mas o menino se recusava a sair do lado do pai, ele insistia para que a mulher contasse o que ele tinha.

–  Potter... ele... isso não é assunto para criança! –  Ela tentou desviar do assunto mais uma vez, mas o castanho cruzou os braços emburrado e fez um bico bravo. –  Olha...  ele foi mordido, mas estou tratando dele e ele logo acordará.

Draco o visitou logo depois que seus próprios machucados foram tratados, Hermione ficou ao lado da cama de Rony, afinal o garoto tinha uma ferida grande na perna. O diretor entrou ali quase a noite... ele tinha um olhar entristecido e compreensivo. Seu sorriso não estava ali. Ele olhava Severus sentindo pena e empatia.

– Infelizmente... mal-entendidos podem acabar por destruir muitas pessoas... – Alvo tinha um brilho azul misterioso por baixo de seus olhos, mas uma lágrima foi vista caindo por seu olho esquerdo, era culpa, mas ninguém precisava saber.

– Senhor... Sirius Black é inocente, foi Pedro Pettigrew... ele que entregou o segredo... – Hermione tagarelou por alguns segundos e o diretor balançou a cabeça ouvindo tudo.

– Pedro? Ainda esta vivo? – O diretor perguntou cruzando os dedos diante do corpo, olhos atentos agora. – Se isso que diz for verdade, um homem inocente está perto de morrer injustamente.

– Tem como impedir? – a voz de Harry veio baixinha, ele não saiu do lado da cama de Severus um único segundo desde que acordou, se recusando a qualquer tentativa de afastá-lo.

– Ah as maravilhas do tempo... algo tão bonito, triste e perigoso – ele travou o olhar no brilho dourado em volta do pescoço de Hermione e depois divagou sozinho sobre o tempo. Harry não gostou desse ideia, mas... salvaria um homem inocente, não é? Havia outras formas, não muitas, mas havia... infelizmente a mais rápida era muito perigosa.

– Podemos ajudar de alguma forma? – Draco perguntou se referindo ao caso de Sirius.

– Talvez possam..., mas como sair sem ser acusado de cumplicidade? – O diretor saiu da enfermaria logo depois, o brilho dourado no pescoço de Hermione agora era mais distinguível: uma ampulheta com alguns anéis.

– Podemos usar isso... ele falou sobre o tempo! – A castanha falou com grande entusiasmo, queria provar para Harry que era útil em aventuras..., mas viu Draco estreitar os olhos.

– Você sabe o quão perigoso é mexer com o tempo? Quem foi o maluco que deu isso para uma adolescente de 13 anos? – Draco parecia assustado e curioso sobre o objeto, ele conhecia, quando era ensinado em casa ele recebeu tutoria sobre vários objetos mágicos.

– Não importa vocês vem ou não? – ela desdenhou rápido já se preparando para mexer nos anéis dourados.

– Nenhum de nós vai, então era assim que assistia as aulas extras? – Rony disse em um misto de raiva e inveja, ele também não era idiota, era de uma família puro sangue e mesmo que pouco, conhecia sobre o mundo mágico e seus objetos. Ele tinha noção básica que mexer com o tempo tinha consequências... e ele não estava a fim de sofrê-las.

– Eu acho melhor guardar isso... Fiquem de olho no meu pai por favor. – Harry pediu ficando de pé, o curativo em sua bochecha o deixava ainda mais fofo, mas o olhar determinado não dava espaços para ser questionado. – Eu vou... caso perguntem qualquer coisa eu nunca saí dessa sala, Draco preciso de um favor.



Seja um bom garoto HarryOnde histórias criam vida. Descubra agora