14 - Severus Snape

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Severus Snape, o menino marcado pela tristeza e pela dor. Severus nasceu de uma bruxa deserdada da família por ter escolhido se casar com um trouxa. Já nos primeiros anos de vida mostrou que o sangue Prince era forte e manifestou sua magia, ganhando sua vaga definitiva para Hogwarts. A família, não feliz, morava na rua da fiação, em um bairro trouxa de cores monocromáticas e casas igualmente deprimentes, assim como o humor dos moradores.

Taxado muito cedo de esquisito o garoto de fios negros muito lisos e pele muito pálida passava a maior parte de seus dias sozinho. Tobias, seu pai, um bêbado que trabalhava durante o dia e a noite agredia sua família. O menino carregava cicatrizes demais para sua pouca idade, a mãe... Eileen, na maior parte do tempo fumando um cigarro e procurando alívio de sua miserável vida por meio de livros de seu, para sempre perdido, mundo, a bruxa teve sua varinha quebrada e com a agressão constante de seu marido, sua mente também se partiu.

Snape mantinha grandes esperanças em sua futura escola, Eileen em algum momento de lucidez e carinho, enquanto limpava as feridas na pele pálida de seu filho contou sobre magia e Hogwarts, contou sobre os bruxos e em outros momentos que sua mente quebrada não odiava o filho ela contava sobre tudo que conhecia, deu a ele livros para estudar antes de ir à escola, livros que o garoto guardaria para a vida toda.

Em algum momento de seus 10 anos, enquanto andava pelas ruas frias da rua da fiação tentando fugir das brigas em sua casa e das surras que possivelmente levaria de Tobias, Snape passou pelo parquinho enferrujado e viu a pessoa que se tronaria seu sol. Os fios ruivos muito lindos e com cachos grandes, os olhos verde-esmeralda magníficos e a pele com belíssimas sardas que completavam a beleza da menina. Ela fazia pequenas flores brancas flutuarem e aquilo era magnífico, uma bruxa... outra bruxa ali. Escondido em uma árvore de madeira escura observou a menina se divertir fazendo magia e quando ela sorriu Severus sentiu seu coração acelerar. Sua coragem infelizmente falhou na hora de falar com a bela garota.

Dias observando o levaram a descobrir mais, a menina era uma nascida trouxa e tinha uma irmã mais velha extremamente irritante. Mais um dia em que a jovem brincava com sua magia foi o pico de coragem do menino, saindo de seu esconderijo e parando a frente da menina, se apresentaram e ele enfim descobriu o nome de seu sol: Lilian.

Infelizmente quando ele disse que ela era uma bruxa e menina ficou irritada e saiu dali com as bochechas vermelhas e olhos brilhando de irritação, demorou mais alguns pares de dias para que ele pudesse se desculpar e revelar a ela o que era um bruxo e um trouxa. Contou sobre Hogwarts, contou sobre o mundo ao qual ela também pertencia, sempre interrompidos por Petúnia, a irmã dela, que amava chamar os dois de aberração... Snape sabia que aquilo era inveja, inveja que a irmã tinha magia e ela estava fadada a ser uma trouxa inútil até o fim da vida.

Aos 11, ambos receberam sua tão sonhada carta... a magnífica e perfeita carta de papel amarelado e letras verdes... a tão sonhada ida a Hogwarts. Foram juntos comprar os materiais, foram juntos a estação e ficaram juntos no trem. Amigos, melhores amigos. Infelizmente... as coisas nem sempre são perfeitas. Mais dois alunos sentaram a sua frente e iniciaram uma conversa com Lilian. Quando seu nome foi chamado e foi perguntado em que casa queria entrar Snape respondeu a verdade: Sonserina. Os dois rapazes logo mudaram os rostos de amigáveis para frios. Não surgiria amizade dali... não entre os meninos.

Como esperado, Severus foi mandado a Sonserina, os meninos que descobriu se chamarem: James Potter e Sirius Black, foram a Grifinória e quando chegou a vez de Lilian Severus quis chorar, seu sol era uma Grifinória.

Mas as casas diferentes não foi o que atrapalhou a amizade, James, Sirius e mais dois grifinórios decidiram que era uma boa ideia perseguir o menino estranho da Sonserina. Sua própria casa não era acolhedora, na verdade contava nos dedos de uma mão os colegas que falavam consigo. Lucius era anos mais velho, Regalus anos mais novo... de sua idade poucos olhavam para si. Não vamos dizer também que o Sonserino era uma vítima passiva, mesmo que nunca buscasse confusões com os marotos, sempre que podia os dedurava ao diretor ou aos professores, não que adiantasse muito, filhos de famílias importantes... eles nunca ganhavam mais que detenção.

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