6 - Conversas que ajudam

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As aulas eram em algumas partes muito chatas, mas em outras completamente fascinantes. Já era outubro, Halloween para ser exato e Harry teve que insistir muito para que Snape o deixasse largar a dieta por um dia e comesse muitos doces. O tratamento estava fazendo o menino melhorar aos pouquinhos, já tinha deixado a palidez e a anemia estava quase curada, mas ainda seria necessário que tomasse os remédios por um tempo. A audiência para guardião mágico do Potter já tinha data e seria em novembro dia 18, alguns dias depois de um treino de quadribol básico para os 1º anos, que por muita insistência dos Sonserinos, ia ser com 4 minipartidas do jogo, apenas para os alunos que quiserem tentar. Harry foi chamado e na hora decidiriam as posições que jogariam.

O grande salão estava decorado para a festa estilo trouxa, com lanternas de abóbora flutuando pelo ar e doces nas mesas, o teto enfeitiçado estava nublado e trovejava, também haviam tido algumas pegadinhas durante o dia, em especial: a língua vermelha da McGonagall enquanto lecionava durante o dia, o cabelo de Snape que tinha ficado verde pela manhã, Ronald vomitou bolhas de sabão por alguns segundos, Hermione que recebeu um balde de tinta roxa em sua cabeça a poucos minutos, os pés de Draco que se colaram ao chão em frente a sala de DCAT... e muitas outras pegadinhas durante o dia.

Durante a aula de história bruxa daquele dia senhor Bins contou, ou tentou contar a importância de confeccionar uma lanterna de abóbora e ensinou a maneira correta de fazer durante o ritual de Samhain, os nascidos-trouxas simplesmente ignoraram isso e prefeririam contar como era feito o Halloween para o trouxas. Os Sonserinos irritados com o ato e o desrespeito pelo "ano novo" dos bruxo pediram ao diretor para comemorarem o Samhain de maneira correta e apropriada dentro de seu salão comunal, o que ele não permitiu.

–  Quem aquele velho pensa que é? – Draco resmungava enquanto perfurava com um garfo um bolo de abóbora.

– Diretor da escola? – Nott respondeu também mal-humorado.

– Tudo por culpa desses sangue-ruins – Pansy se envolveu na conversa.

– Isso é injusto, somos obrigados a comemorar nossos feriados do jeito trouxa sendo que somos bruxos. – Zabine praticamente destruía o bolo que estava em seu prato e Harry apenas observava os amigos com rostos retorcidos em desagrado.

– Desculpem... pode ser uma pergunta idiota, mas... do que se trata o Samhain? Na aula do senhor Bins ninguém deixou que ele falasse e eu fiquei confuso... – Harry perguntou baixinho e corado, não gostava de não saber, tinha lido sobre os 8 rituais e sobre como fazê-los, mas ainda ficavam dúvidas em si.

– Você leu o livro sobre as tradições né? – Draco perguntou mais calmo, viu o menor concordar com a cabeça e continuou – a noite das bruxas é como o ano novo para um bruxo.

– É o primeiro Sabat da roda celta – Zabine continuou.

– É quando esquecemos a negatividade e abraçamos a positividade e o novo, valorizando tradições e aprendizados – Pansy ajudou os amigos a explicar. – É como um renascimento sem esquecer seu passado e aprendendo com ele.

– Enquanto para os trouxas é um dia para se fantasiar e pedir doces, para os bruxos é uma das noites mais importantes para a magia – Nott continuou a explicação e Harry já entendia melhor.

– É o que inicia e fecha o ciclo. – Draco concluiu e Harry acenou mostrando que entendia. – A roda celta precisa ser cumprida, assim um bruxo fortalece a própria entidade da magia... é uma noite de fato conhecida como mágica.

– Também é a noite que o véu está mais fino entre os dois mundos – Harry lembrou do que tinha lido e corou ao ver que falou alto. – Gostaria de comemorar de maneira correta algum dia.

Seja um bom garoto HarryOnde histórias criam vida. Descubra agora