Capítulo 10

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"E não acredite no narcisismo
Quando todos fazem projetos
E esperam que você os ouça
Não confunda, eu vivo em uma prisão
Que eu construí pra mim mesmo, é a minha religião
E eles dizem que eu é que sou o garoto doente
Fácil dizer isso quando você não corre riscos, rapaz
Bem-vindo ao narcisismo
Estamos unidos sob nossa indiferença"

The Chainsmokers - Sick Boy

A vida no Recanto das Nuvens estava cada dia melhor, quer dizer, uma parte dele, Lan Qiren não estava muito feliz pela futura nova adição na família

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A vida no Recanto das Nuvens estava cada dia melhor, quer dizer, uma parte dele, Lan Qiren não estava muito feliz pela futura nova adição na família. Mas ele não tinha o que fazer, pois parecia que todo mundo daquele lugar tinha sido corrompido pelo garoto estupido, nas palavras de Qiren.

Xichen estava em pura alegria por faltar poucos meses para a chegada de seu filho, ele sonha todo dia em ouvir suas primeiras palavras, seu primeiro passo, sua primeira queda, e por aí vai, a alegria que ele está sentindo em ser pai, não está cabendo em seu peito. Jiang por outro lado, estava feliz, mas ao mesmo tempo não, para explicar melhor, seus hormônios estão à flor da pele, cada dia é mais de cinco humores diferentes, isso quando ele não estapeia Xichen por respirar errado. Da última vez ele saiu de GusuLan e foi para Yunmeng Jiang, e ficou por dois dias, e no segundo dia a tarde ele saiu de Yunmeng sem dizer a mãe, e quando chegou em Gusu, assim que viu Xichen ele correu em sua direção com os olhos cheios de lágrimas, em seguida pulou nos braços do Lan e perguntando porque não tinha ido atrás dele. E foi neste dia que Lan Xichen o mimou o resto do dia todo.

— Irmão, você acha que ele/ela vai gostar dessas roupinhas? — Xichen segura uma roupinha azul-celeste na frente de seu rosto. Hoje Xichen chamou seu irmão bem cedo para fazer compras na cidade, ele estava praticamente pulando de alegria.

— ... — Wangji encara a roupa, e balança a cabeça.

— Verdade. — Solta a roupinha e olha para os vários tecidos e vários tons de azul. — Você tem razão, melhor comprar os tecidos e mandar o costureiro real fazer as roupas.

— Hum. — Wangji se afasta de seu irmão e vai olhar o resto da loja, e para quando ver um tecido preto com alguns enfeites em vermelho, e por algum motivo ele viu Wei Wuxian vestido em uma bela veste feita com o tecido. Soltando um micro sorriso ele pega o tecido e volta para perto de seu irmão. — Irmão.

— O que foi? — Xichen para de falar com o dono da loja e olha para seu irmão que segurava o tecido com força.

— Wei Ying.

— O senhor Wei iria adora. — Xichen sorri doce, e depois volta para o que estava fazendo.

Wangji volta a encarar o tecido, e se pergunta se Wei realmente iria gostar, e se ele achasse ruim? Ou pensasse que Wangji queria mudar o seu jeito de se vestir? Tinham tantos outros "se" que Wangji foi ficando triste, e achando que talvez não fosse uma boa ideia. Mas se ele mandasse fazer, ele não precisava entregar. Então foi isso que Wangji fez, comprou o tecido e iria mandar o costureiro dos Lan fazer a roupa que ele imaginou.

China - Pequim

— Ai que bonitinho. — Wei saltitava olhando para cada vitrine que ele passava. — Olha aquele ali, eu quero levar todos.

— Não tinha outra pessoa para vir com você não? — Go falava entediado. — Bendita hora que concordei em fazer isso, eu poderia estar agora com meu lindo YeonWoo. — Diz a última parte sonhador.

— Vou levar esse, esse, esse, e esse também. — Wei fala pegando vários materiais de papelaria. — Olha essa folha que linda.

— Você tem problemas, eu pensei que a gente ia comprar roupas.

— Isso aqui é melhor... Não acredito. — Wei corre até uma outra loja. — Olha que lindo, elas tem um coelhinho na ponta. — Wei pega duas canetas que tem um coelho branco e outra com um preto. — Vou dar a Lan Zhan.

— " Vou dar a Lan Zhan". — Go imita Wei, enquanto revira os olhos.

— Fica quieto. — Wei volta o olhar para as canetas. — Eu passei muitos dias pensando, no momento eu quero relaxar fazendo compras. — Volta a olhar as coisas.

— Pensando em que? — Pergunta mexendo em alguns produtos sem nenhum interesse.

— Vou me mudar para lá. — Diz sem rodeios.

— O que? — Go olha surpreso. — Isso foi inesperado.

— Eu sei, mas alguém tinha que fazer esta escolha, e eu o amo muito. Aqui neste mundo não tenho o amor que ele pode me proporcionar. — Wei dá de ombros e volta a olhar outras canetas.

— Chatooooooo.

— Já sei. — Wei dá um pulo. — Vamos comprar roupas para o beber do Xichen. — Muda de assunto do nada.

— Que emocionante. — Go fala com tédio. — Tenho mesmo que ficar com você?

— Olha o que temos aqui. — Uma voz surge do nada, interrompendo a conversa de Wei e Go.

— Quem? — Wei e Go olham para o dono da voz que vinha de trás deles.

— O que faz aqui? — Go coloca Wei atrás de se. — Você estava na cadeia celeste, como saiu?

— Acha mesmo que uma cadeia poderia me deter. — Fala em puro deboche.

— Wei, quando eu disser corre, você corre. — Go sussurra.

— Quem é ele? — Wei pergunta assustado.

— Não faça perguntas agora, só faça o que digo. — Diz entre dentes.

— Okay. — Responde olhando assustado para o homem, que o encarava com um sorriso de lado.

— É melhor não fazer nada. — Uma luz verde brilha na ponta dos dedos do desconhecido. — Você sabe do que sou capaz.

— Eu não vou deixar você fazer isso, não basta o que fez com o livro.

— Foi ele quem mudou as escritas do livro de Destino? — Wei pergunta.

— Agora não.

— Eles não podem ficar juntos, nem hoje e nem nunca.

— Qual o seu problema cara? — Go perguntou revirando os olhos. — Sabia que isso é atitude de gente mal amada.

— Vocês são o meu problema, nada disso estaria acontecendo se vocês não metessem o nariz onde não é chamado, eu estava muito bem onde eu estava, e com ele, mas vocês tinham que matá-lo, tinham que o tirar de mim. Então agora eu tiro o equilíbrio de vocês. — O desconhecido aponta para Wei. — Pensa que não sei sobre tudo, sobre de onde vem o equilíbrio do mundo.

— Fique longe. — Go estica o braço, e faíscas coloridas saem de sua mão. — Corre Wei, corre o mais rápido que puder.

— Mas...

— Agora. — Go grita desesperado, e Wuxian pega sua mochila e corre para a rua, deixando os dois para trás.

— Você sabe que uma hora eu irei pega-lo.

— Mas esse dia não vai ser hoje. — Go joga uma onda de luz e o desconhecido é jogado longe, dando tempo de Go correr atrás de Wei.

Wei corre para casa, e chegando na mesma entra nela e com a mão tremendo tranca a porta, e depois se encosta na parede e desliza até está sentado no chão.

— O que está acontecendo? — Ele puxa os joelhos para o seu peito e depois enterra a cabeça nós mesmo. — Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem, vai ficar... AAAAAAHHHHHHHH. — Wei se assusta com alguém batendo na porta.

— Sou eu. — Go fala audivelmente. — Abra a porta. — Wei se levanta e abre a porta.

— Você pode me explicar o que está acontecendo. — Pergunta ofegante.

MIRRORS - WANGXIANOnde histórias criam vida. Descubra agora